Dia histórico para o ciclismo feminino, com a primeira edição do Paris-Roubaix, um momento aguardado para uma vertente claramente em expensão e crescimento. A corrida foi bastante rápida desde o início e não houve tempo para se formar propriamente uma fuga antes do primeiro sector de empedrado.




Lizzie Deignan quis ser protagonista, acelerou no primeiro sector e seguiu em solitário, chegando a ter mais de 1 minuto de vantagem, bastante perigoso para uma corredora do calibre de Deignan. O pelotão ia ficando destroçado e ia perdendo elementos aos poucos, com isso também diminuía a força de perseguição e a vantagem da campeoníssima britânica era de quase 2 minutos a 50 kms da meta. As quedas sucediam-se, os furos também, afastando da luta nomes pesados como Ellen van Dijk, Elisa Balsamo, Chantal Blaak ou Lotte Kopecky.

O grupo perseguidor não se entendia na plenitude, a vantagem de Deignan cresceu ainda mais e um 3º grupo com van Dijk, 2 Jumbo-Visma, Blaak e a portuguesa Maria Martins conseguiu colar ao 2º grupo. A ciclista portuguesa acabaria por ceder a cerca de 25 kms da meta, não anulando a incrível corrida que fez. A Worx e a Movistar começaram a trabalhar já que tinham 3 elementos, pensando em Majerus e Norsgaard.




No Carrefour de l’Arbre a corrida mudou, Marianne Vos lançou um ataque muito potente e uma queda mandou ao chão van Dijk, Majerus, Roy e mais 2 ciclistas, partindo por completo o grupo perseguidor. Longo Borghini ainda tentou acompanhar a holandesa, mas sem efeito, Vos lançou-se à caça de Deignan sozinha. A ciclista da Jumbo-Visma conseguiu encurtar a diferença para 1:15, mas não logrou baixar disso com o passar dos quilómetros, enquanto Longo Borghini estava a cerca de 1:50.

Até à meta as diferenças mantiveram-se e Lizzie Deignan teve tempo para festejar uma vitória soberba, de antologia, talvez a melhor da sua carreira, fazendo história. Marianne Vos foi 2ª, tal como nos Mundiais e a Trek-Segafredo colocou mesmo 2 atletas no pódio, já que Elisa Longo Borghini segurou a carga final de Lisa Brennauer. Maria Martins fez um dos melhores resultados da carreira ao fechar no 19º posto, um resultado também histórico para Portugal.

By admin