Um dos elementos mais acarinhados e reconhecidos do pelotão internacional deixou ontem uma mensagem de despedida nas redes sociais. Bernhard Eisel deixa de ser ciclista profissional depois de 15 vitórias, 19 Grandes Voltas e 19 temporadas como profissional. Foi o último elemento que correu na Mapei a deixar o ciclismo.
E foi precisamente na Mapei onde começou a carreira, em 2001 e 2002, passou pela FDJ entre 2003 e 2006 e ainda pela T-Mobile/HTC entre 2007 e 2011. Ainda teve mais 2 equipas na carreira, a Team Sky (2012-2015) e a Dimension Data (2016-2019), tirando a Mapei esteve sempre 4 a 5 temporadas nas formações por onde passou.
Dos 15 triunfos, um terço foram obtidos na Volta ao Algarve, conquistou 5 etapas entre 2005 e 2008 em Portugal. No seu currículo ainda tem o Paris-Bourges em 2008, a Gent-Wevelgem em 2010 e 2 tiradas na Volta a Suíça. Começou por ser um sprinter de boa valia e progressivamente transitou para lançador, acompanhando grande parte da carreira de Mark Cavendish, sendo preponderante para muitos dos sucessos do britânico. Foi um lançador e um rolador exímio.
Aos 38 anos despede-se dizendo que foi um privilégio ter tido a oportunidade de correr em algumas das melhores equipas do Mundo, nos maiores palcos. Mostrou-se orgulhoso por ter alinhado no Paris-Roubaix 16 vezes, tendo completado a prova sempre. Mark Cavendish rapidamente reagiu referindo que chorou genuinamente ao ler o texto que Eisel escreveu e partilhou, eram mais que companheiros ou amigos, eram irmãos.
Ian Boswell mostrou muito potencial enquanto júnior e sub-23, foi 3º no Tour of Utah aos 19 anos e completou a sua formação na Livestrong. Ao ser 5º na Volta a França do Futuro e 2º na Liege-Bastogne-Liege sub-23 em 2012 chamou a atenção da Team Sky, onde esteve de 2013 a 2017.
Em 2015 ainda conseguiu alguns bons resultados como o 7º posto na Volta a Califórnia, prova onde também foi 5º em 2017, mas nunca atingiu o nível esperado, apesar de algumas oportunidades. Em 2018 ainda foi para a Katusha-Alpecin, só que a temporada correu-lhe muito mal, não logrou nenhum top 10 e em 2019 não competiu mais depois de abandonar o Tirreno-Adriatico.
Essa queda provocou-lhe uma concussão, a 6ª da carreira, o que o fez reponderar a sua carreira e reflectir sobre este assunto. Boswell até tinha uma oferta da Rally Cycling para continuar, mas declinou o convite, agora irá competir em corridas de gravilha e será embaixador da Wahoo na América do Norte. “O tempo de recuperação permitiu-me ver as coisas de uma maneira diferente” confessou Boswell ao CyclingNews, o norte-americano deixa o ciclismo profissional aos 28 anos.