Um dos grandes nomes do ciclismo ainda sem equipa para 2023 é Mark Cavendish. Após ter ficado de fora da seleção da Quick-Step para o Tour de France, onde tenta superar o recorde de vitórias de Eddy Merckx, o campeão britânico irá dar um novo rumo à sua carreira, na tentativa de bater esta marca e terá na B&B Hotels-KTM a sua (possível) futura equipa. Sendo uma formação francesa e com a chegada de Cavendish, dificilmente a B&B Hotels não teria wildcard para o Tour.
A palavra está dada mas a assinatura de contrato ainda não foi feita. Quem o confirma é Jerome Pineau, manager da formação francesa que, em entrevista ao RMC Sport afirmada que “Se ele não acreditasse no nosso projeto, já tinha assinado com outra equipa. Ele que estar connosco e eu quero-o connosco mas, de momento, sou obrigado a dizer que não faz parte da equipa.”
Toda esta novela remonta já a Agosto, quando Pineau mostrou a intenção de montar uma grande equipa, planeando aumentar o seu orçamento para 15 milhões de euros, assegurando que já tinha os patrocinadores para tal. Estamos a 16 de novembro e a situação está muito incerta, uma vez que a formação francesa não enviou os papéis necessários para a UCI para se registar como ProTeam, uma vez que não possuiu as garantias suficientes para tal.
A UCI alargou o prazo até ao final do mês e Pineau tem estado muito ativo nos bastidores, revelando que “tive muitas reuniões, tenho cinco empresas que nos querem patrocinar. Em termos concretos estamos à espera de respostas a 21, 28 e 29 de novembro. Se as empresas disserem não, estamos em grande perigo e a equipa não conseguirá sobreviver no nível que nos queremos. O orçamento que temos neste momento não é suficiente para isso.”
A B&B Hotels permanecerá como patrocinador na próxima temporada, no entanto a cadeia hoteleira e todos os patrocinadores já assegurados garantem apenas 3 milhões do orçamento necessário. Desta forma, devemos esperar mais desenvolvimentos desta novela nos próximos dias, principalmente até ao final do mês, altura em que tudo ficará mais claro. Com 21 ciclistas com contrato para 2023, a situação destes ciclistas também não é fácil, numa altura em que praticamente todas as grandes equipas já têm o plantel fechado.