Dia para a verdadeira chegada em alto deste Criterium du Dauphiné, com a chegada a La Plagne, onde Laurent Fignon e Miguel Indurain fizeram algumas das suas melhores exibições. Tal como ontem, o pelotão acordou com vontade de acabar cedo a etapa, a primeira hora foi percorrida acima dos 50 kms/h e só com 70 quilómetros percorridos é que tivemos fuga estabelecida.
Um grupo de 5 corredores formou-se, com outros 10 ciclistas a serem pouco depois do pelotão, andando bastante tempo na sua perseguição. Foi em plena ascensão do Col du Pré, a menos de 65 quilómetros do fim que os grupos se juntaram, ficando na frente Michael Valgren, Lawson Craddock, Jorge Arcas, Marco Haller, Mikkel Bjerg, Kenny Elissonde, Martijn Tusveld e Pierre Rolland.
Não foi nas subidas que a fuga se dividiu mas sim na descida que antecedeu a subida final para La Plagne. Desse grupo destacou-se Michael Valgren, que entrou com 2:15 de vantagem para o pelotão liderado pela Movistar na subida final.
A ritmo, Rolland e Elissonde chegaram e deixaram para trás Valgren, no entanto as diferenças eram já tão curtas que, a 10500 metros do fim, a fuga foi apanhada pelo pelotão sempre liderado pela Movistar. Os ataques apareceram a 8200 metros do fim, com Richie Porte a ser o primeiro a mexer-se.
O australiano levou consigo Kuss, Mas e Padun, sendo que depois Kuss e Padun conseguiram deixar os seus companheiros de fuga para trás. O ucraniano e o norte-americano mantiveram-se juntos até aos 4,7 quilómetros para o fim, quando Padun decidiu atacar, numa altura em que a vantagem para o pelotão era já de 50 segundos. Padun estava incrível, a vantagem para os seus rivais estava a aumentar cada vez mais e, quando já era superior a 1 minuto, finalmente aconteceram ataques no grupo dos favoritos. Miguel Angel Lopez atacou, rapidamente chegou a Mas, Porte e O’Connor (que entretanto tinha feito a ponte).
Mas trabalhou enquanto pode para Lopez que voltou à carga já no quilómetro final, só com Porte a conseguir seguir. Muito facilmente chegaram a Kuss e depois foi a vez de porte contra-atacar. Mesmo com todas estas movimentações a vitória já não fugia a Mark Padun, triunfo claro em La Plagne. Porte foi 2º a 32 segundos, ganhando muito tempo à concorrência. Lopez foi 3º a 43, tal como Jack Haig, O’Connor cedeu 47, Kuss 52, Gaudu e Mas 56, Thomas 59 e o camisola amarela Lutsenko chegou a 1 minuto.
Tudo isto levou Richie Porte à liderança do Dauphiné, com 17 segundos de vantagem para Lutsenko e 29 para o seu companheiro Thomas. Kelderman a 33, Haig a 34 e Lopez e Izagirre a 38 são os restantes corredores a menos de um minuto da amarela.