A semana que terminou no dia de ontem foi palco de muita competição velocipédica um pouco por toda a Europa. Para além da Volta a Suíça que aqui acompanhamos, disputaram-se, a nível profissional, Volta a Bélgica, Volta a Eslovénia e Route d’Occitanie. Começando por uma grandes nações do ciclismo, a Bélgica, Mathieu van der Poel era a grande figura, o neerlandês estava à partida, era o grande favorito e vinha em teste para a Volta a França.



O ciclista da Alpecin-Deceuninck não falhou e esteve a um nível muito sólido: venceu a geral por larga margem, venceu a etapa rainha com um ataque solitário a 35 quilómetros do fim e terminou todas as etapas no top-10. Soren Waerenskjold, campeão do Mundo de contra-relógio sub-23, começa a confirmar entre os elites todo o seu potencial, venceu o esforço individual, aguentou o difícil terreno belga para acabar em 2º na geral, à frente de Casper Pedersen, dinamarquês da Soudal QuickStep. As restantes 3 etapas foram discutidas ao sprint, Jasper Philipsen venceu a primeira, depois de um fabuloso lançamento de Van der Poel e Fabio Jakobsen venceu as outras duas, partindo com a moral em cima em direção ao Tour.

A Volta a Eslovénia apresentava um misto no pelotão, entre ciclistas que traziam boa forma do Giro d’Itália e outros que preparavam a Volta a França. Falando da Grande Boucle, Dylan Groenewegen aproveitou a estadia em solo esloveno para levar de vencidas as duas primeiras etapas, confirmando o favoritismo à frente de Phil Bauhaus e Matteo Moschetti respetivamente. As duas vitórias podiam ter sido três, não fosse um engano no percurso já no quilómetro final da etapa 3, que viu Ide Schelling ser o mais forte.

Chegava a etapa rainha, a verdadeira montanha, e a Jayco AlUla continuou a dominar. Filippo Zana parecia encaminhado para o triunfo, teve uma queda feia na última descida e viu o seu companheiro Jesus David Peña levantar os braços. O campeão italiano, vindo do Giro, ficou com a liderança, que aguentou no dia final, depois de escapar com Matej Mohoric na derradeira subida. O esloveno viria a ganhar a etapa, dedicando-a a Gino Mader e, com as diferenças feitas subia a 2º da geral, somente atrás de Zana. O pódio ficou completo com Diego Ulissi.





Já em França correu-se a Route d’Occitanie, noutros tempos conhecida como Route du Sud, prova que marcava o regresso à competição de Rube Guerreiro. As primeiras duas etapas foram para os sprinters, com Marjin van den Berg e Jason Tesson a conseguirem vitórias importantes, deixando Elia Viviani, novamente, de mãos a abanar. Simon Carr fez valer a fuga no último dia, uma etapa rompe-pernas, com a geral a ficar decidida no sábado, numa difícil chegada em alto. Com a missão de defender o título conquistado o ano passado, Michael Woods não falhou e venceu em Nistos-Cap-Nestès, aguentando o dia final e vencendo a competição pelo segundo ano consecutivo. Cristian Rodriguez e Georg Steinhauser completaram o pódio da geral, numa prova onde Ruben Guerreiro foi 9º, terminando duas etapas entre os 10 melhores.

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