Nesta etapa da Volta a Suíça esperava-se que houvesse menos diferenças, uma jornada mais direccionada aos sprinters, mas com algumas subidas a abrir e a fechar a tirada, uma típica jornada para sprinters em território helvético. A fuga contou com Ben King, Claudio Imhof, Remy Rochas e Mathias Frank, sendo que Rochas era também um perigo para a geral e a Groupama-FDJ foi obrigada a trabalhar.
Este quarteto foi colaborando bem enquanto dividia os prémios dos sprints intermédios e das contagens de montanha e entrou nos últimos 40 kms com cerca de 3 minutos de montanha. Trabalhavam a BikeExchange de Michael Matthews, a Alpecin-Fenix de Mathieu van der Poel e a Groupama-FDJ do líder Stefan Kung.
O ritmo aumentou imenso nos 30 kms finais, Remy Rochas foi o último resistente da fuga e a corrida rebentou completamente na última contagem de montanha, de 3ª categoria. A Bora-Hansgrohe impôs um ritmo elevado e reduziu muito o grupo, surgiram ataques e ficaram praticamente só os favoritos na frente. Alaphilippe acelerou na descida e ganhou cerca de 10 segundos, mas a Ineos-Grenadiers ainda tinha muitos elementos e terminou com a tentativa do campeão do Mundo a 18 kms do final.
A Ineos-Grenadiers ainda tentou controlar a corrida para não haver ataques, mas surgiram várias ofensivas, sendo que Ivan Garcia Cortina ganhou uma vantagem de 20 segundos, com as equipas dos restantes sprinters a tentarem apanhar o espanhol. As formações dos homens rápidos deram tudo, a diferença era de 5 segundos na entrada do quilómetro final, com o espanhol a ser apanhado a 500 metros da meta, graças ao lançamento de Mauri Vansevenant para Julian Alaphilippe.
Assim que se fez a última curva não houve margem para dúvidas, Mathieu van der Poel arrancou de forma decisiva para o triunfo e praticamente nem teve de pedalar nos últimos metros, enquanto via Christophe Laporte bater Julian Alaphilippe na luta pelo 2º lugar. Graças às bonificações o campeão holandês é o novo líder da Volta a Suíça, com 1 segundo de vantagem sobre Julian Alaphilippe.