Os nossos leitores decidiram e elegeram Tadej Pogacar como o melhor ciclista de 2023, vencendo o nosso Velo d’Or. Num total de 164 votos (obrigado pela participação), o esloveno recebeu 83 votos, o que equivaleu a 51% dos votos. O campeão do Mundo Mathieu van der Poel foi 2º, com 43 votos e Jonas Vingegaard completou o pódio com 32 votos. Na próxima segunda-feira, sairá a 2ª sondagem, onde vamos eleger o sprinter do ano.
Após os nossos leitores terem dado a sua opinião, este ano decidimos que as 2 pessoas que colaboram neste projeto também irão deixar o seu ponto de vista fundamentado em relação à sua escolha. Depois das previsões realizadas no início do ano por André Esteves e João Crespo, é hora das conclusões finais e ver se estivemos perto ou longe de acertar.
André Esteves – Tadej Pogacar
Não podia estar mais de acordo com os nossos leitores, Tadej Pogacar foi o melhor ciclista do ano. O esloveno andou bem de Fevereiro a Outubro, começando a ganhar a Jaen Paraíso e terminando a ganhar a Il Lombardia. Venceu praticamente em todo o lado, de todas as maneiras e feitios e em todos os terrenos, é o ciclista mais completo da atualidade. No total foram 17 triunfos, apenas superado pelo sprinter Jasper Philipsen.
Só mesmo um predestinado e talento geracional pode estar a vencer o Tour de Flandres em Abril e discutir o Tour de France em Julho. Teve um dia mau nesse grande objetivo, no entanto foi o melhor dos restantes, Jonas Vingegaard estava um nível acima. Vencedor de dois Monumentos, terminou outro (Milano-Sanremo) às portas do pódio, venceu duas clássicas das Ardenas, duas provas por etapas importantes e ainda foi medalhado nos Mundiais.
Olhando para os resultados, entre clássicas e provas por etapas onde participou apenas não terminou duas delas no top-5! Sim, leram bem, top-5! Em 19 provas, 17 terminou entre os 5 melhores, falhando somente na Liege-Bastogne-Liege, onde caiu e fraturou o pulso, e nos Mundiais de contra-relógio. Completamente estratosférico, Pogacar é de outro mundo!
João Crespo – Tadej Pogacar
Concordo em toda a linha com vocês, e já na altura não percebi como foi atribuído o Velo d’Or a Jonas Vingegaard, só mesmo com uma sobrevalorização incrível do significado da Volta a França.
É que Pogacar ganha o UCI World Ranking por larga margem, soma 17 vitórias ao longo do ano, faz 2º no Tour e conquista 2 Monumentos (Tour de Flandres e Il Lombardia), para além de ainda estar na luta directa por outro (Milano-Sanremo) e fazer pódio nos Mundiais. Ganhou literalmente de Fevereiro a Outubro, deu minimamente luta a Vingegaard na Volta a França e mesmo depois de 2 dias muito maus lutou para ainda ganhar mais 1 etapa.
Basicamente é o único ciclista que em Abril está a disputar Monumentos no empedrado e em Julho está a subir montanhas com os melhores. Ou seja, para além de achar que é o melhor ciclista do Mundo neste momento, creio que o esloveno de 25 anos fez para merecer a distinção de melhor do ano por tudo o que conquistou.