Os nossos leitores decidiram e elegeram Tadej Pogacar como o melhor ciclista de 2024, vencendo o nosso Velo d’Or. Num total de 118 votos (obrigado pela participação), o esloveno recebeu 116 votos, o que equivaleu a 98% dos votos. Remco Evenepoel e Ben O’Connor partilham o 2º lugar com 1 voto cada, ao passo que Mathieu van der Poel e Jasper Philipsen ficaram em branco. No próximo sábado, sairá a 2ª sondagem, onde vamos eleger o sprinter do ano.

Após os nossos leitores terem dado a sua opinião, este ano decidimos que as 2 pessoas que colaboram neste projeto também irão deixar o seu ponto de vista fundamentado em relação à sua escolha. Depois das previsões realizadas no início do ano por André Esteves e João Crespo, é hora das conclusões finais e ver se estivemos perto ou longe de acertar.



 

André Esteves – Tadej Pogacar

Não existiam dúvidas de quem iria vencer esta sondagem! Tadej Pogacar realizou uma das melhores temporadas que há memória na história do ciclismo, conseguindo subir o nível relativamente às temporadas anteriores onde já tinha estado a um nível fabuloso. 58 dias de competição, 25 vitórias! É preciso realçar que, nas provas onde participou, apenas não ganhou a Milano-Sanremo (foi 3º), e o GP Quebec (7º). Como já foi referido, sozinho, o ciclista da UAE Team Emirates somou mais pontos UCI que mais de metade das equipas World Tour!

De resto, domínio absoluto do campeão do Mundo que se tornou no primeiro ciclista, desde 1998 a vencer o Giro d’Itália e o Tour de France no mesmo ano. E não só venceu como convenceu, já que, pelo caminho conquistou 6 vitórias em etapas na prova transalpina e outras tantas na grande volta francesa. Vence como quer, quando quer, no momento que quer! Solos extraordinários, como os que conseguiu no Campeonato do Mundo, Strade Bianche e Lombardia numa temporada que irá ficar para sempre na memória. Fica a questão: será que Tadej Pogacar ainda consegue melhorar o seu nível? Pergunta para responder na próxima temporada.

 

João Crespo – Tadej Pogacar

Só se tivéssemos estado hibernados é que a escolha poderia ser diferente e mesmo assim bastava olhar para os números para ter uma clareza absoluta do que se passou. Um ciclista que ganha 2 Grandes Voltas, que se sagra campeão do Mundo, que vence Monumentos e que no final de contas triunfa em quase metade dos dias de competição é indisputavelmente o melhor do Mundo e concordo plenamente com o André quando ele diz que é uma das melhores temporadas de sempre e o único capaz de bater este registo nos próximos anos é o próprio Pogacar.



Apesar de ser um grande fã de Pogacar por tudo o que ele transmite e pela coragem que tem a correr, espero, a bem do ciclismo e do espectáculo, que Remco Evenepoel continue a sua evolução, que Mathieu van der Poel e Wout van Aert estejam ao seu melhor nível nas clássicas e que Jonas Vingegaard tenha uma preparação sem problemas para desafiar Tadej Pogacar na Volta a França porque senão corremos o risco de entrar numa monotonia que não é boa para a modalidade e veremos se aparece algum jovem de outra galáxia capaz de desafiar estes “aliens”.

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