Os nossos leitores decidiram e elegeram o triunfo de Mathieu van der Poel nos Campeonatos do Mundo, como a melhor vitória em clássicas de 2023. Num total de 209 votos (obrigado pela participação), este foi eleito o melhor dia de ciclismo do ano, arrecadando 83 votos. O solo épico de Tadej Pogacar no Tour de Flandres ficou em 2º lugar, com 81 votos, e a exibição memorável que levou à conquista da Milano-Sanremo por intermédio de Mathieu van der Poel, terminou em 3º com 19 votos.





Relativamente às provas por etapas, os nossos leitores decidiram que o melhor triunfo foi o de Jonas Vingegaard no contra-relógio individual da 16ª etapa do Tour de France. Num total de 168 votos esta exibição histórica conseguiu 79 votos contra os 33 da vitória do mesmo Vingegaard no Col du Tourmalet na Vuelta a Espanha. O 3º lugar ficou entregue a Sepp Kuss, com o triunfo no Observatorio Astrofísico de Javalambre, com um total de 25 votos.

Após os nossos leitores terem dado a sua opinião, é hora das 2 pessoas que colaboram neste projeto também irão deixar o seu ponto de vista fundamentado em relação à sua escolha.

 

André Esteves – Mathieu van der Poel (Campeonato do Mundo)/Jonas Vingegaard (Tour de France etapa 16)

Mathieu van der Poel é um ciclista de grandes momentos e foi muito difícil escolher entre a Milano-Sanremo e o Mundial, no entanto fico-me pelo último. Uma verdadeira corrida por eliminação, circuito complicado devido à sua tecnicidade, muita chuva, muitos ataques e, no final, o neerlandês fez parecer tudo simples. Ataque de longe, a mais de 22 quilómetros, sem que a concorrência o conseguisse seguir e nem uma queda na parte final, onde partiu uma peça do sapato, impediu Van der Poel de conquistar a camisola do arco-íris.



Relativamente às provas por etapas, acabo por escolher uma especialidade dentro das provas de estrada, o contra-relógio. A exibição de Jonas Vingegaard foi algo de extraordinário, impossível de imaginar por qualquer um, acredito que até pelos próprios responsáveis da Jumbo-Visma. Diferenças absurdas para os mais diretos rivais, alguns dos melhores contra-relogistas do Mundo. Este foi o dia em que o dinamarquês começou a sentenciar o Tour, dando um rude golpe nas aspirações de Tadej Pogacar.

 

João Crespo – Mathieu van der Poel (Milano-Sanremo)/Jonas Vingegaard (Tour de France etapa 16)

Eu até sou um apreciador das corridas como no Mundial, condições dantescas, percurso técnico e variado, provas por eliminação, não posso discordar com a vossa escolha. No entanto, não consigo tirar da cabeça o ataque de Mathieu van der Poel no Poggio para ganhar a Milano-San4emo, tudo se conjugou na perfeição. Foi a ascensão mais rápida de sempre do Poggio, um grupo de elite composto por 3 aliens (Pogacar, van Aert e van der Poel) com um convidado mistério chamado Ganna e mesmo no limite dos limites o neerlandês, ciclista de grandes momentos, encontra forças para acelerar, ganhar espaço e alargar a vantagem descida abaixo para um triunfo espectacular. A minha escolha é pelo ataque e pelo momento em si e não pela corrida toda, apesar de apreciar todo o suspense que a Milano-San4emo envolve.

Na parte das provas por etapas, pode não ter sido a mais espectacular, a mais emocionante, mas realmente a exibição de Jonas Vingegaard no contra-relógio do Tour para dar uma machadada em Tadej Pogacar foi das mais impressionantes que já vi pela diferença que fez. Ainda por cima o dinamarquês nem sequer é um puro especialista e Pogacar pode ter estado debilitado fisicamente, só que isso não justifica o intervalo para o resto da concorrência.



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