Os nossos leitores decidiram e elegeram o triunfo de Jonas Vingegaard na etapa 11 do Tour de France, no Col du Granon, como a melhor vitória de 2022. Num total de 135 votos (obrigado pela participação), este foi eleito o melhor dia de ciclismo do ano, arrecadando 51 votos, o que corresponde a 38%. O solo épico de Tadej Pogacar na Strade Bianche ficou em 2º lugar, com 34 votos, e a exibição memorável que levou à conquista do Paris-Roubaix por intermédio de Dylan van Baarle, terminou em 3º com 16 votos.

Após os nossos leitores terem dado a sua opinião, é hora das 3 pessoas que colaboram neste projeto também irão deixar o seu ponto de vista fundamentado em relação à sua escolha.




André Antunes – Wout van Aert  (etapa 4 Tour de France)

O final da etapa 4 do Tour deste ano, em Calais, foi espetacular. A Jumbo-Visma acelerou e rebentou com a corda de todo o pelotão. Wout Van Aert atacou e ninguém o conseguiu agarrar, numa demonstração de força incrível. Ele que nesta altura era líder da prova.

Todas as outras vitórias também foram muito boas, podemos escolher qualquer uma delas e o “prémio” ficaria bem atribuído. Destaco dessas os triunfos de Jonas Vingegaard no Tour e o de Dylan Van Baarle no Paris-Roubaix.

 

André Esteves – Jonas Vingegaard (Etapa 11 Tour de France)

O Tour de France foi de grandes vitórias para a Jumbo-Visma e, desta vez, estou em concordância com os nossos leitores. Num dia de grande dureza, um dos mais duros da prova, a equipa neerlandesa ´sabia que tinha de ser neste dia que Tadej Pogacar tinha que ser levado ao limite. O Col du Telegraphe foi o aperitivo e o Col du Galibier abriu as hostilidades.



Toda a equipa esteve fenomenal. Não há palavras para Wout van Aert, mas um grande elogio para Primoz Roglic, o esloveno estava lesionado e deixou tudo na estrada em prol de Jonas Vingegaard, naquele que também foi o melhor dia do Tour para Steven Kruijswijk. Este grande dia de ciclismo só podia terminar com um ataque vitorioso de Vingegaard, que fugiu para a vitória e para a liderança do Tour, ganhando a 2:51 a Pogacar. Este foi o dia decisivo do Tour, a partir daqui, o dinamarquês esteve sempre no controlo da Volta a França.

 

João Crespo – Jonas Vingegaard (Etapa 11 Tour de France)

Sou um amante confesso de clássicas, a minha segunda escolha era o triunfo de Dylan van Baarle pela corrida incrível que foi e pelo significado que teve para a Ineos e para um corredor tão regular e trabalhador como o neerlandês.




Escolho este triunfo de Vingegaard por toda a expectativa que existia, pela exibição colectiva da Jumbo-Visma e individual de Vingegaard, pelo sacrifício de Roglic quando sabia que já não conseguia lutar pelo Tour. E pelo facto de ter visto a primeira grande quebra de Tadej Pogacar desde que é campeão de Grandes Voltas, ninguém pensou que o esloveno fosse perder tanto tempo e de forma tão dramática.

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