FAYENCE, FRANCE - FEBRUARY 20: Arrival / Michael Woods of Canada and Team Israel Start-Up Nation celebrate during the 53rd Tour Des Alpes Maritimes Et Du Var, Stage 2 a 168,9km stage from Fayence to Fayence 357m / @letour0683 / on February 20, 2021 in Fayence, France. (Photo by Luc Claessen/Getty Images)

O segundo ano da Israel Start-Up Nation no World Tour viu a equipa reforçar-se bastante e, no final, saiu com resultados bastante melhores. Os principais líderes não falharam e o projeto de Sylvan Adams continua a solidificar-se entre a elite do ciclismo mundial.

 

Os dados

Vitórias: 17 triunfos, 3 deles conseguidos no World Tour.

Pódios: 73 pódios, o que revela a consistência da equipa, faltou algo mais para atingir outra dimensão no nível de triunfos.

Dias de competição da equipa: 275 dias de competição, calendário bastante competitivo e com muitas provas por todo o globo.



Idade média do plantel: 30,2 anos, a equipa mais veterana do World Tour, fruto dos 8 (!) ciclistas acima dos 35 anos.

Mais kms: no seu ano de despedida, Andre Greipel percorreu 11 964 kms.

Melhor vitória: o triunfo de Dan Martin no Giro foi especial, o irlandês conseguiu completar a tripla nas Grandes Voltas, depois de ter feito a escalada para Sega di Ala em solitário.

 

O mais

No ano de estreia na equipa israelista, Michael Woods afirmou-se como a grande figura. O canadiano conseguiu apenas 2 triunfos mas conseguiu ser muito regular ao longo de todo o ano. 3º no Giro dell’Emillia, 4º na Fleche Wallonne, 5º na Liege-Bastogne-Liege, Tour de Romandie, Volta a Suíça, Tour of Britain, Milano-Torino e Jogos Olímpicos e 9º na Il Lombardia.

Ben Hermans é já um nome consagrado dentro da equipa e, como sempre, destacou-se nas competições do calendário europeu, ao vencer a Arctic Race of Norway e o Giro dell’Appennino e ser 2º na Volta a Hungria, 3º no GP Lugano, 6º na Settimana Coppi e Bartali e 8º na Settimana Italiana. Dan Martin despediu do ciclismo com muita regularidade, destacando-se o top-10 no Giro, onde venceu uma etapa.



Não se pode dizer que os sprinters Hugo Hofstetter, Andre Greipel e Davide Cimolai estiveram mal, o ponto forte de todos não são as vitórias mas sim a regularidade e aí conseguiram, entre si, 14 pódios, sendo que mais de metade foram dados pelo Gorilla. De Sep Vanmarcke já se esperam os constantes azares nas clássicas, acontece todos os anos, no entanto acabou por ter uma temporada positiva nas clássicas.

 

O menos

Daryl Impey até começou bem a temporada, era uma das esperanças da equipa para conseguir vitórias no entanto o sul-africano teve uma queda grave e apenas regressou no final do ano. Temporada em falso de um ciclista que podia ter sido importante.

Alex Dowsett parece ter “desaprendido” na arte de andar contra-o-cronómetro, não fez um único top-10, bastante fraco. Rudy Barbier era um dos principais sprinters da equipa e também mal se viu, aparecia esporadicamente, mas foi muito pouco. Krists Neilands já teve anos melhores, todos sabemos que tem qualidade para muito mais. Carl Frederik Hagen vinha com estatuto, tinha conseguido ser top-10 na Vuelta só que só trouxe isso mesmo, os resultados não apareceram.

 

O mercado

A equipa israelista pouco mexeu no seu plantel. Andre Greipel e Dan Martin colocam um ponta final na carreira e, também de saída estão os sprinters Davide Cimolai, Hugo Hofstetter, Alexis Renard e Norman Vahtra.



Em sentido inverso, foram adicionadas quatro caras novas ao plantel. Giacomo Nizzolo vem colmatar a saída de vários homens rápidos, naquele que parece um claro upgrade. Corbin Strong tem experiência de pista e é, também, um homem rápido. Todos os anos a Israel Start Up-Nation tem “surpreendido” com contratações de veteranos e este ano foi a vez de Jakob Fuglsang que, depois de uma fraca temporada, assinou por 3 temporadas. A última contratação foi de Hugo Houle.

 

O que esperar de 2022?

A Israel Start-Up Nation espera continuar a afirmar-se como uma das grandes equipas do pelotão internacional. Michael Woods continuará a ser a grande aposta quer nas clássicas quer nas provas de uma semana, o canadiano é um dos melhores do Mundo nos terrenos mais inclinados. Se apresentar a forma de outras temporadas, Jakob Fuglsang será uma aquisição importante, poderá liderar em Grandes Voltas e, também, nas clássicas.



Giacomo Nizzolo partirá com o estatuto de grande sprinter, sendo resguardado para as clássicas do empedrado, onde tem melhorado bastante. Aí a equipa é forte, com Sep Vanmarcke e Tom van Asbroeck a serem apoio fundamentais. Ben Hermans, Rudy Barbier, Alessandro de Marchi e Daryl Impey serão segundas linhas importantes, podem dar vitórias em provas menores.

By admin