A Lotto-Soudal continua no seu registo de boas temporadas, não com resultados exuberantes mas sempre muito consistente. Com um plantel bastante completo e com os seus líderes a andarem bem, as vitórias foram surgindo com normalidade, sendo que no total foram 25.
Um dos grandes responsáveis por este número de vitória e pela boa temporada da equipa foi Tim Wellens. O ciclista belga continua a evoluir a olhos vistos e para além de um excelente ciclista de clássicas, já consegue discutir provas de uma semana com montanha. Entrou na temporada ganhando o Trofeo Serra Tramuntana, seguiu-se a vitória na geral da Volta a Andalucia, onde triunfou numa etapa, foi 5º no Paris-Nice, ganhou a De Brabantse Pijl, foi 6º na Amstel Gold Race, 7º na Fleche Wallone e triunfou no Giro. Na segunda metade de temporada, ganhou o Tour de Wallonie, onde ganhou uma etapa, foi 3º no BinckBank Tour e na Clássica de Plouay e 5º na Il Lombardia. Incrível!
Tiesj Benoot passou de ser um ciclista muito regular para um ciclista com vitórias. O belga ganhou de forma espetacular a Strade Bianche e, tal como aconteceu com Tim Wellens, evoluiu bastante na montanha. 4º no Tirreno-Adriático, 8º no Tour de Flandres, 5º na E3 Harelbeke e 7º na Dwars door Vlaanderen. Andre Greipel pode já não ser o mesmo ciclista de outros tempos, mas continua a dar vitórias importantes à equipa, tendo somado um total de 8 triunfos, com 2 deles a serem no World Tour. Victor Campenaerts continua a sua evolução enquanto contra-relogista de topo, começando a aproximar-se, cada vez mais, dos melhores do mundo. Thomas de Gendt continua um caça etapas de luxo, tendo ganho por duas vezes no World Tour e levando para casa a camisola da montanha da Vuelta. Por fim, Jelle Wallays deixou de ser apenas um ciclista de trabalho, começando a ganhar.
Segunda temporada na Lotto Soudal e segunda época para esquecer para Moreno Hofland. O holandês voltou a desiludir, andando longe das vitórias, conseguindo apenas 5 top 10, o que é manifestamente pouco para um sprinter. Outro sprinter que já teve melhores dias é Jens Debusschere. Nas clássicas, o belga ainda foi apresentando, esporadicamente, bons resultados, no entanto o resto da temporada teve um nível muito baixo. Tosh van der Sande, ciclista muito completo com uma boa ponta final, também teve uma temporada para esquecer.
Uma das novelas do mercado de transferências passou pela Lotto Soudal. Andre Greipel até queria ficar mas queria renovar por mais que uma temporada, algo que não lhe foi concedido e por isso está de saída, tal como o seu núcleo Lars Bak, Marcel Sieberg, e Jens Debusschere, Moreno Hofland e James Shaw.
Com a saída de um grande sprinter, a equipa belga não perdeu tempo e assinou com Caleb Ewan. O australiano até pode ter tido uma temporada mais fraca, no entanto sentia-se que o “Pocket Rocket” precisava de uma mudança na sua carreira. Adam Blythe e, principalmente, Roger Kluge foram contratados para o comboio do australiano. Carl Frederik Hagen é um puncheur habituado a bons resultados nas provas nórdicas, Brian van Goethem é um classicómano, Rasmus Byriel Iversen um ciclista de trabalho e Stan Dewulf e Gerben Thijssen foram dos melhores sub-23 da equipa da Lotto Soudal, sendo natural a subida para a equipa principal.