A formação francesa viu os seus grandes líderes conseguirem estar a um bom nível, o que foi fundamental para os resultados conseguidos ao longo de toda a temporada.

 

Os dados

Vitórias: 12 triunfos, um ano bastante melhor que a temporada passada, 8 vitórias aconteceram em França.

Pódios: 53 pódios, só em agosto foram 14.



Dias de competição da equipa: 255 dias de competição, fruto de um vasto calendário, principalmente com as muitas corridas do circuito francês.

Idade média do plantel: 28,9 anos, uma equipa bastante envelhecida, com um total de 14 trintões. André Carvalho está bem abaixo da média, com 24 anos.

Mais kms: Guillaume Martin pedalou uns impressionantes 13 364 kms ao longo da temporada.

Melhor vitória: a única vitória no World Tour surgiu por Victor Lafay, no Giro d’Itália, o francês aproveitou uma fuga para triunfar numa chegada em alto.

 

O mais

Depois de um 2020 para esquecer, Christophe Laporte guardou a sua melhor versão de si para 2021. Com 4 triunfos e mais 22 top-10, incluindo 2º na Dwars door Vlaanderen, 6º no Paris-Roubaix e um pódio no Tour, Laporte mostrou que é um ciclista muito completo. Muito mais que um sprinter, o gaulês passa muito bem as colinas e está cada vez mais forte nas clássicas.



Guillaume Martin continua a ter no contra-relógio o seu grande calcanhar de Aquiles no entanto a sua combatividade e perseverança valeram-lhe o top-10 quer no Tour quer na Vuelta. Venceu uma clássica em França e ainda foi 6º no Paris-Nice.

Elia Viviani finalmente carburou, conquistando 7 triunfos. É certo que nenhum foi no World Tour mas qualquer coisa seria melhor que 2020, mesmo assim exigia-se outro nível. Em certas fases da temporada houve ciclistas a destacarem-se, como o sempre fiável, Jesus Herrada, Piet Allegaert, Victor Lafay, Simone Consonni e Remy Rochas.

 

O menos

Longe de ser um ciclista regular, Nathan Haas esteve completamente apagado em 2021. O puncheur australiano tinha na Cofidis uma equipa com um calendário com bastantes clássicas ao seu jeito mas nunca apareceu, apenas somou 1 top-10.

Szymon Sajnok mal se viu ao longo da temporada, foi tendo as suas oportunidades, mas o sprinter polaco não as soube aproveitar, tem qualidade para render mais. Simon Geschke foi contratado para dar apoio a Guillaume Martin, a espaços conseguiu-o mas fica a ideia que podia ter dado mais, numa equipa que era algo débil nesta vertente. Por fim, também se podia exigir um pouco mais de um dos corredores mais combativos da equipa, Nicolas Edet.

 

O mercado

Mercado com muitas mexidas para a formação de Cédric Vasseur. Duas mãos cheias de ciclistas estão de saída, incluindo grandes nomes como Christophe Laporte para a Jumbo-Visma e Elia Viviani para a INEOS Grenadiers. Fernando Barceló, Nicolas Edet, Natnael Berhane, Attilio Viviani, Jempy Drucker, Nathan Haas, Fabio Sabatini e Emmanuel Morin também deixam o projeto.



Olhando para as entradas, houve uma tentativa do reforço do bloco de montanha em torno de Guillaume Martin com as entradas de Davide Villella, Sander Armée, François Bidard e Ion Izagirre, sendo que este último poderá ser um perigo nas provas de uma semana (o seu grande ponto forte).

Com a saída dos seus dois grandes sprinters, entram Davide Cimolai e Bryan Coquard. Max Walscheid será um apoio importante mas terá as suas oportunidades nas clássicas. Benjamin Thomas poderá ser um reforço interessante, defende-se nas pequenas dificuldades e colmata uma das falhas da equipa, que não tinha um contra-relogista de bom nível, tendo agora o campeão francês. Alexis Renard, Wesley Kreder e Alexandre Delettre completam o lote de aquisições.

 

O que esperar de 2022?

Guillaume Martin será a grande aposta, o francês continua a ter muitas debilidades no contra-relógio e isso continuará a pesar nos lugares da classificação geral. Mesmo assim, Martin é um trepador de muita qualidade, pode surpreender em algumas provas onde não estejam os principais galos.



Davide Cimolai e Bryan Coquard dividirão a liderança nos sprints, o calendário francês tem muitas chegadas ao jeito de ambos, eles que não são ciclistas muito ganhadores mas de quem a Cofidis espera que conseguiam mudar esse paradigma. Quem pode beneficiar com isto é Simone Consonni que, sem Elia Viviani, terá mais liberdade.

Muito cuidado com Max Walscheid, teve uma excelente evolução em 2021, é um perigo em diversos terrenos. Piet Allegaert é mais um a ter debaixo de olho, sem nunca esquecermos André Carvalho, o português terá mais um ano no World Tour para continuar a sua evolução, e Benjamin Thomas.

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