Uma temporada exemplar por parte dos comandados de Jean-Rene Bernardeau que conseguiram, com um final de temporada fantástico, vencer a corrida pela luta de melhor equipa Profissional Continental do ano, assegurando a presença em todas as provas World Tour de 2020.

 

Os dados

Vitórias: 16 triunfos, 7 deles conseguidos por Niccolo Bonifazio.

Pódios: 43 no total, muito distribuídos ao longo do ano, o que demonstra a regularidade apresentada.

Dias de competição da equipa: 232 dias de competição, um longo calendário, não só com provas na Europa mas também em África e na Ásia.



Idade média do plantel: 28,9 anos, um misto de juventude com muita experiência.

Mais kms: Adrien Petit com 13 976 quilómetros.

Melhor vitória: Lilian Calmejane, ao vencer a Classic de l’Ardeche, devido à qualidade do pelotão presente, derrotando nomes como Romain Bardet, Valentin Madouas e Guillaume Martin.

 

O mais

Anthony Turgis teve em 2019 o seu ano de afirmação. Abriu a temporada a ganhar o GP Marseillaise e fechou a vencer o Paris-Chauny, foi 2º na Dwars door Vlaanderen, perdendo apenas para Mathieu van der Poel, 4º nos Quatro Dias de Dunquerque, na Volta ao Luxemburgo e na La Femenne Ardenne Classic e 6º no Paris-Bourges. Um ano impressionante do puncheur francês, que contribuiu em muito para o sucesso da equipa francesa.

Lilian Calmejane continuou igual a si próprio, muito regular ao longo da temporada e tanto anda bem em provas de uma semana como em clássicas. Venceu a Classic de l’Ardeche e no Tour du Limousin, somando mais 15 top-10 em todo o ano. Niccolo Bonifazio começou, finalmente, a andar ao seu nível. Conseguiu 7 vitórias ao longo do ano, o melhor registo da sua carreira, e começou a aparecer entre a elite, apesar de ainda lhe faltar alguma regularidade.




O menos

Jonathan Hivert varia entre a perfeição e o horrível. Venceu, de forma categórica, o GP Miguel Indurain mas depois desapareceu durante muitos meses da temporada. Apenas 8 lugares entre os 10 primeiros é pouco para o francês. Pim Lightart até conseguiu vencer uma prova .HC mas não fez mais que isso, não sendo, também, um grande apoio a Niki Terpstra.

Por falar em Terpstra, a época do holandês não foi a melhor, foi bastante afetado por lesões e quedas, apareceu a espaços, com bastante qualidade até, faltando-lhe mais consistência. Os franceses Romain Sicard e Damien Gaudin e o estónio Rein Taaramae têm qualidade para mais e, por isso, 2019 foi um ano para esquecer, principalmente para os dois primeiros.

 

O mercado

A entrada da Total, em Abril, veio aumentar o orçamento da formação francesa, que vê, de uma só vez 6 ciclistas irem para a reforma (Yohann Gene, Alexandre Pichot, Angelo Tulik, Perrig Quemeneur, Bryan Nauleau e Axel Journiaux), à qual se junta a saída de Thomas Boudat para a Arkéa-Samsic.



Tendo ganho a oportunidade de participar nas provas World Tour, a Total Direct Energie aumentou o seu plantel de 23 para 25 ciclistas, com 9 contratações. Lorrenzo Manzin é um sprinter muito regular no calendário francês que vem, de certo modo, substituir Thomas Boudat. Geoffrey Soupe será um lançador para Niccolo Bonifazio que vê o seu irmão, Leonardo Bonifazio também ser contratado, ele que é outro homem rápido.

Julien Simon é o típico puncheur francês, sempre na disputa das provas da Taça de França e a sua experiência é sempre importante, ao passo que Dries van Gestel é um corredor de equipa, muito certinho, que se destaca nas provas de uma semana. Jeremy Cabot vem do escalão amador, sendo que Florian Maitre e Marlon Gillard sobem da equipa sub-23 Vendeé U.

 

O que esperar em 2020?

Acreditamos numa Total Direct Energie igual a si própria, muito combativa ao longo de todo o ano. Será uma equipa World Tour camuflada, devido à presença assegurada em todas as provas. Lilian Calmejane continuará a ser a figura de proa, é muito regular nas provas caseiras mas tem que dar o salto e, com Julien Simon no apoio, pode muito bem conseguir. Anthony Turgis tem tudo para explodir e ter grande ano, com vitórias importantes em clássicas e provas de uma semana.



Niccolo Bonifazio e Lorrenzo Manzin serão os sprinters de serviço, o primeiro para as principais provas, enquanto que o francês deverá ser mais para consumo interno. Geoffrey Soupe é uma importante aquisição para um melhor posicionamento do italiano nas chegadas. Niki Terpstra vai voltar a ser a aposta para as clássicas e terá em Adrien Petit, Dries van Gestel, Pim Lightart e Damien Gaudin um bom bloco para o guiar a bons resultados.

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