Regressamos às formações Pro Team e novamente a França, desta vez, para uma das melhores equipas do seu escalão no ano de 2021. Como sempre, a Arkéa-Samsic voltou a estar na luta pela vitória no ranking o que lhe garante diversos wildcards para a próxima temporada.

A grande aposta em Nairo Quintana tarda em confirmar todas as esperanças depositadas no colombiano e têm sido outras figuras da equipa gaulesa a aparecer e a conseguir somar muitos pontos e importantes resultados.

 

Os dados

Vitórias: 10 triunfos, mas apenas 2 na categoria .Pro, um número bastante reduzido.

Pódios: 41 pódios, fruto da muita regularidade conseguida ao longo de toda a época.



Dias de competição da equipa: 215 dias, não foi das equipas que competiu mais, não tem um calendário europeu assim tão alargado

Idade média do plantel: 27,8 anos, um plantel bastante veterano, onde se destacam duas mãos cheias de trintões.

Mais kms: o polaco Lukasz Owsian com um total de 12 944 kms.

Melhor vitória: Pela importância, o triunfo de Elie Gesbert no Alto do Malhão, à frente de João Rodrigues tem que ser destacado.

 

O mais

Connor Swift teve o seu ano de afirmação. Após vários anos de adaptação, o britânico conseguiu uma grande vitória no Tro-Bro Leon e no Tour do Poitou Charentes, para além de ter sido 5º na Clássica da Bretanha e 7º na Volta a Bélgica. Depois de um ano de 2020 marcado por lesões, Elie Gesbert voltou aos grandes momentos. O talentoso trepador francês venceu no Alto do Malhão e acabou em 5º no Algarve, tendo também sido 5º na Volta a la Comunitat Valenciana e 6º na Route du Sud.



Warren Barguil voltou a ter um ano muito combativo, parece que ainda lhe falta algo para voltar ao nível de outros anos mas a espaços está muito forte. Venceu o Tour du Limousin, 2º no GP Wallonie, 5º na La Fleche Wallonne, 8º na Arctic Race e 9º na Drome Classic.

Nacer Bouhanni conseguiu um total de 15 top-10 na temporada, incluindo 4 top-5 no Tour, o que só por si não é mau, o francês nem sempre se caracterizou por ser um ciclista regular. Faltou “apenas” a vitória para coroar uma temporada positiva. Os sprinters Bram Welten e Dan McLay também estiveram relativamente bem mas, tal como o seu líder, faltaram os triunfos.

 

O menos

Quando comparado com a temporada passada, Nairo Quintana realizou um ano positivo, no entanto pede-se sempre mais a um ciclista do gabarito do colombiano. Nas provas World Tour que realizou não conseguiu fechar no top-10 final de nenhum e não é a vitória na geral da Vuelta as Astúrias e os vários pódios conseguidos em semi-clássicas que salvam a sua época.

Miguel Eduardo Florez foi mais um colombiano a desiludir, talvez a lesão que sofreu no início de 2021 tenha sido fundamental para impedir a evolução do jovem trepador. Diego Rosa voltou a ser uma sombra de si próprio e Benjamin Declercq tinha tudo para desempenhar outro papel dentro da equipa, principalmente no bloco de clássicas.




O mercado

Ano de poucas mudanças na formação francesa. Estão de saída apenas 3 ciclistas, Diego Rosa vai para a EOLO-Kometa depois de duas épocas relativamente fracas, Bram Welten vai para a Groupama-FDJ e Thomas Boudat ainda não tem destino confirmado.

Relativamente às entradas, a mais sonante é a de Hugo Hofstetter, um sprinter muito regular e completo que vem colmatar as saídas de Bram Welten e Thomas Boudat, sendo também um upgrade. Nicolas Edet, Michel Ries e Alessandro Verre vêm reforçar o bloco da montanha sendo que o último é, ainda, um ciclista muito jovem (apenas 20 anos) de quem se esperam grandes resultados. Por fim, foi contratado Simon Guglielmi, proveniente da Groupama-FDJ.

 

O que esperar de 2022?

Pouco muda em relação a esta época. Os blocos estão bem definidos, a equipa continua a apostar em Nairo Quintana e Warren Barguil para as classificações gerais das provas e em Nacer Bouhanni para os sprints, sendo que a única novidade surge aqui com a entrada de Hugo Hofstetter, o que pode retirar alguma pressão ao primeiro.



Só um golpe de magia poderia colocar Nairo Quintana na luta pelas principais provas, dificilmente o vemos na discussão dos primeiros lugares contra a concorrência atual. Warren Barguil continuará a ser muito combativo e, no calendário francês, tanto Bouhanni como Hofstetter podem conseguir alguns triunfos. Amaury Capiot, Elie Gesbert e Connor Swift correm sem tanta pressão e podem trazer alguns bons resultados.

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