Mais uma temporada de ouro por parte da Wanty-Groupe Gobert, que voltou a estar presente no Tour, triunfando, pelo segundo ano consecutivo no UCI Europe Tour. A regularidade voltou a ser a base do sucesso, com a equipa a obter um total de 13 vitórias.
É difícil referir apenas um nome como principal destaque da equipa belga esta temporada. Andrea Pasqualon subiu a fasquia e começou a discutir as clássicas com mais regularidade. Sprinter bastante completo, quase que se disfarça como um puncheur, ele que terminou por 29 vezes no 10 primeiros, conseguindo ganhar a Volta ao Luxemburgo e o GP Plumelec, antes de um Tour muito positivo. Quem dividiu tarefas com Pasqualon na disputa das chegadas ao sprint foi Timothy Dupont. O belga voltou ao seu melhor, após um 2017 mais fraco. A sua regularidade, devido à facilidade de colocação e capacidade de passar bem as dificuldades, valeu a vitória na Taça da Bélgica, ele que fez nada mais nada menos que 32 top 10, ganhando a Schaal Sels.
Quando a dureza apareceu foi Guillaume Martin a mostrar a camisola da Wanty. O final de 2017 já tinha sido muito bom e 2018 foi a continuação da sua evolução. Ganhou o Circuit Cycliste Sarthe, foi 12º no Criterium du Dauphine, 21º no Tour de France, 9º na Volta a Alemanha, somando, também, vários top 10 em clássicas. Xandro Meurisse voltou a fazer uma boa época, afirmando-se cada vez mais dentro da equipa belga.
Guillaume van Keirslbulck continuou no mesmo registo das últimas temporadas, ganhou uma clássica de forma espectacular, desta vez a Antwerp Port Epic, no entanto eclipsou-se no restou da temporada, uma vez que conseguiu apenas mais 2 top 10. O que dizer de Odd Christian Eiking? O norueguês é um puncheur com uma qualidade inegável mas em todas as provas falha sempre num das etapas decisivas e por isso nunca consegue discutir as classificações gerais. Até começou bem a temporada, com vários top 10 só que o problema que referimos anteriormente apareceu daí para a frente e apesar da regularidade não consegue dar o salto.
Acreditamos que o plantel da Wanty ainda não esteja fechado, com alguns dos ciclistas ainda sem contrato a puderem renovar, principalmente Mark McNally e Frederik Backaert. As mexidas são poucas, saem Dion Smith e Guillaume van Keirslbulck e entram Loic Vliegen, Aimé de Gendt e Alfdan de Decker. Vliegen é um experiente e ainda jovem ciclista para as clássicas, esteve algumas temporadas na BMC, e com este passo atrás será um dos líderes em algumas provas. De Gendt é um típico combativo ciclista belga que nunca desiste e, por sua vez, De Decker é um jovem sprinter com muita qualidade. As figuras principais vão continuar a ser os ciclistas que mais se destacaram esta temporada, num ano de 2019 que será fundamental para a Wanty se afirmar como uma das melhores Profissionais Continentais e conseguir convites para as Grandes Voltas.