Altura de falar da única equipa profissional em Itália. A Green Project-Bardiani-CSF voltou a apostar bastante na juventude e teve um ano muito positivo. Correndo um calendário bastante diversificado, os resultados estão à vista e esta época não será fácil de repetir em 2024.

 

Os dados

Vitórias: 13 triunfos, a temporada mais vitoriosa desde 2016, com 4 delas a aconteceram na categoria ProSeries.

Pódios: 47 pódios, um número inflacionado pelas diversas provas do calendário sub-23 onde participa.

Dias de competição da equipa: 226 dias de competição, um calendário muito preenchido não só pelas provas italianas mas também pelas idas à Ásia.



Idade média do plantel: 24 anos, o que mostra a juventude da equipa com apenas 2 ciclistas com mais de 30 anos.

Mais kms: Davide Gabburo, com um total de 12 749 kms.

Melhor vitória: A incursão no Tour of Qinghai Lake valeu duas vitórias em etapas, mas foi a geral ganha por Henok Mulubrhan que se destaca.

 

O mais

Finalmente Henok Mulubrhan confirmou o seu potencial e com regularidade! O jovem eritreu voltou a ser campeão africano de estrada e 3º no contra-relógio, antes de vencer duas etapas e a geral da Volta ao Ruanda. Veio para a Europa, as primeiras provas e o Giro não foram perfeitos mas ainda foi a tempo de ser 3º no Giro dell’Appennino. Foi à China vencer uma etapa e a geral do Tour of Qinghai Lake.

Que temporada de Enrico Zanoncello. Aos 26 aos, o italiano mostrou as suas qualidades como sprinter conseguindo uns impressionantes 30 top-10, incluindo 4 triunfos. Aproveitou da melhor forma o calendário asiático, vencendo no Tour of Taiwan, Tour of Qinghai Lake e Tour of Taihu Lake. Giulio Pellizzari foi de menos a mais na temporada, focou-se no Tour de l’Avenir onde foi 2º e terminou a temporada a ser 6º na Volta a Turquia. Luca Colnaghi e Filippo Fiorelli continuam a dar muitos top-10 à equipa quer nas clássicas com alguma dureza quer em finais ao sprint. São fundamentais para a soma de pontos UCI.

 

O menos

Os principais nomes da equipa cumpriram, não há muito a apontar pela negativa. Davide Gabburo não foi tão importante como noutras temporadas, os ataques e combatividade do italiano não tiveram o mesmo efeito em termos de resultados como em épocas anteriores.  Entre os reforços, e numa realidade diferente, Riccardo Lucca não teve uma adaptação fácil nos profissionais, foi um gregário importante mas um resultados individuais foram muito escassos.



 

O mercado

Estão de saída 8 ciclistas: Iker Bonillo, Mattia Petrucci, Jared Scott,Omar el Gouzi, Alessio Nieri, Luca Rastelli, Alessandro Santaromita e, principalmente, Henok Mulubrhan. No que diz respeito às entradas, são 4 ciclistas os contratados, todos eles jovens.

Para os mais atentos, Vicente Rojas é um nome familiar. O trepador chileno corria na Supermercados Froiz e venceu no Alto de São Macário na Volta a Portugal do Futuro. Depois, chegam 3 jovens italianos: Mattia Pinazzi para o sprint, um ciclista com experiência de pista e com 4 triunfos em 2023; e Federico Biagini e Filippo Tuconi para o terreno mais duro. O primeiro com 20 e o segundo com 18, conseguiram excelentes resultados no calendário jovem transalpino e são apostas para o futuro.

 

O que esperar de 2024?

A manutenção de Giulio Pellizzari é fundamental para a equipa italiana que, desta forma, ganha uma peça importante para a montanha. Com uma evolução sustentável, Pellizzari pode dar resultados importantes nas provas italianas e, quem sabe, aparecer no Giro. Enrico Zanoncello deverá assumir, ainda mais, a liderança nos sprints e em provas por etapas com algumas colinas. Luca Colnaghi e Filippo Fiorelli vão continuar a ser peças-chave neste tipo de provas, são muito regulares.



Os jovens que agora chegam terão tempo para evoluir, a Bardiani costuma fazê-lo sem pressas. Deste ano, e já com um final de ano interessante, coloco debaixo de olho Lorenzo Conforti, mais um homem rápido. Martin Marcellusi, Alex Tolio e Alessandro Tonelli não podem ser esquecidos. Com o convite para o Giro d’Itália em mente, a equipa deverá voltar a fazer um calendário vasto, com incursões na Ásia, depois do sucesso de 2023.

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