Chegamos ao World Tour! A primeira formação a surgir foi uma estreante, falamos da Israel Start-Up Nation, equipa que teve uma primeira fase do ano para esquecer para que conseguiu sorrir na parte final da temporada. Para 2021 o investimento é muito, tentando dar mais qualidade com contratações sonantes.
Os dados
Vitórias: 10 triunfos, incluindo 2 no World Tour, ambos em Grandes Voltas
Pódios: 30 pódios, 7 deles no World Tour
Dias de competição da equipa: 194 dias de competição, fruto do largo plantel que permitiu estar em várias frentes
Idade média do plantel: uma das formações mais velhas do World Tour, com 29,4 anos, fruto dos 6 ciclistas acima dos 34 anos, 2 deles com mais de 38
Mais kms: Dan Martin foi o maratonista da equipa, com 9199 kms em 57 dias
Melhor vitória: O triunfo de Dan Martin na etapa 3 da Vuelta a Espanha, numa chegada ao seu jeito, derrotando os futuros 1º e 2º classificados finais, Primoz Roglic e Richard Carapaz. A vitória de Alex Dowsett no Giro também é de destaque pois foi o primeiro triunfo de sempre da equipa em Grandes Voltas.
O mais
Dan Martin já tinha ameaçado antes da pandemia, 4º na Volta a Comunidad Valenciana mas foi no final de temporada que voltou aos bons e velhos tempos. Uma queda do Dauphine debilitou-o, o que levou a fazer um Tour de sofrimento, antes de ser 5º na Fleche Wallone. Tudo isto levou a uma Vuelta de grande nível, vencendo ao 3º dia, terminando em 4º da geral e somando mais 7 top-10. O velho Martin está de regresso.
A estreia no World Tour não podia ter corrido melhor a Hugo Hofstetter que voltou a ser igual a si próprio, muito regular nas chegadas ao sprint e nas semi-clássicas, ganhando a Le Samyn e 8 top-10, incluindo 4 no Tour. Rudy Barbier também subiu o nível conquistando 2 vitórias e uns impressionantes 16 top-10. Matteo Badilatti surpreendeu bem no regresso, andando bem no Sibiu Tour e na Volta a Hungria.
O menos
Ben Hermans teve uma temporada para esquecer, marcada por lesões. Se nos últimos 2 anos tinha sido um dos grandes destaques da equipa israelita, este ano passou completamente ao lado, salvando-se o 9º lugar no Giro di Lombardia.
Davide Cimolai tem por hábito pautar-se por uma regularidade incrível mas 2020 foi um ano atípico na sua carreira. O sprinter italiano esteve por 7 vezes nos 10 melhores (contra as 24 de 2019) mas nunca conseguiu ameaçar os primeiros lugares. Havia grandes expectativas sobre Andre Greipel mas o alemão de 38 anos está já longe do seu melhor. Por fim, Krists Neilands e Nils Politt tiveram temporadas francamente negativas, sem resultados de relevo.
O mercado
Ano de muitas mexidas na Israel Start-Up Nation. Após a estreia no World Tour, Sylvan Adams decidiu dar mais um passo em frente. Saem Travis McCabe e Rory Sutherland para a reforma e Matteo Badilatti e Nils Politt para outras equipas World Tour. Foram contratados 9 ciclistas.
Chris Froome é a bandeira, aos 35 anos muda de equipa à procura de voltar aos bons resultados mas os resultados de 2020 não agoiram nada de bom para o campeoníssimo britânico. Michael Woods, Carl Frederik Hagen e Alessandro de Marchi foram contratados para reforçar o bloco de montanha com Woods e De Marchi a puderem ter oportunidades, o primeiro nas clássicas e provas de uma semana e o segundo em fugas.
Daryl Impey será um dos capitães na estrada, sempre importante para guiar os líderes, ele que ainda é capaz de discutir dias duros ao sprint. Patrick Bevin é em tudo idêntico ao sul-africano. Sep Vanmarcke será o líder para as clássicas, veremos se aos 32 anos os azares deixarão o belga para trás. Por fim, chegaram os jovens Sebastian Berwick, trepador, e Taj Jones, sprinter.
O que esperar de 2021?
No plantel mais longo do World Tour, com 32 ciclistas, a esperança é que os reforços venham dar qualidade à equipa mas as incógnitas são ainda mais. Chris Froome é um enorme ponto de interrogação, 2020 não mostrou que o britânico esteja pronto para regressar ao seu nível. Dan Martin poderá ser a salvação, numa equipa onde Michael Woods também espreitará oportunidades. Estes dois serão importantes nas clássicas.
Rudy Barbier, Davide Cimolai, Hugo Hofstetter, Andre Greipel, Tom van Asbroeck e Rick Zabel são alguns dos muitos sprinters da equipa, às vezes vemos mais que um a sprintar, mas acreditamos que os três primeiros serão os mais regulares e os que poderão dar triunfos. Para as clássicas, Sep Vanmarcke é uma opção válida se os azares e as lesões se afastarem, apoiado por Van Asbroeck. Olho no jovem Itamar Einhorn e em Patrick Bevin.