A Roompot – Nederlandse Loterij nunca foi uma equipa de muitas vitórias e este ano não fugiu à regra mas acabou por ser uma temporada bastante positiva com 6 triunfos, um deles no World Tour, num dos principais objetivos da temporada.
Responsável por grande parte do sucesso da equipa foi Taco van der Hoorn. Aos 24 anos, o holandês deu um salto qualitativo enorme e começou a discutir as clássicas com regularidade. Ganhou uma etapa no BinkBanck Tour, onde foi 11º, e a Primus Classic, para além de ter sido 5º na Druivenkoers – Overijse, 3º na Antwerp Port Classic, 4º na Binche-Chimay-Binche e 9º no Paris-Tours. Incrível para um ciclista que apenas começou a época a 11 de agosto.
A mudança de equipa fez bem a Wouter Wippert, que deixou a Cannondale para regressar a casa e às vitórias e à regularidade. Sempre caracterizado por ser um sprinter não muito inconstante, o holandês ganhou a Omloop Meulebeke e somou 10 top 5. Os 37 anos já começam a pesar em Pieter Weening no entanto o experiente trepador ainda dá vitórias à equipa, ganhando na Volta à Austria e outros lugares de relevo (2º na Volta à Croácia e 6º na Adriatica Ionica Race). Pim Lightart estava a fazer uma excelente temporada, foi 4º na Kuure-Brussels-Kuurne e fez top 10 nas provas mais dura do Challenge de Maiorca mas uma lesão afetou o resto da temporada. Uma referência também para Jeroen Meijers, puncheur com bons resultados nas provas realizadas na Escandinávia e nas clássicas de final de temporada.
Coen Vermeltfoort foi uma grande desilusão. O holandês é daqueles sprinters que pouco ganha mas o seu bom posicionamento costuma dar-lhe sempre bons resultados algo que não aconteceu esta temporada já que os top 10 contam-se pelos dedos de uma mão. Uma das contratações em quem a Roompot tinha mais esperanças era Floris Gerts, ele que foi um grande ciclista enquanto sub-23 mas tarda em confirmar o seu estatuto entre os elites. Tentou aparecer no final da temporada, com dois 4º lugares em clássicas.
Como já referimos nesta série de artigos, a Roompot e a Verandas Willems vão-se fundir numa equipa só. Muitos ciclistas estão de saída, com destaque para Taco van der Hoorn e Pim Lightart no entanto a equipa holandesa apostou forte no mercado. Da equipa belga chegam 6 ciclistas, onde Sean de Bie e Huub Duijn são os cabeças de cartaz. De Bie é um classicómano com uma boa ponta final que este ano conseguiu muito bons resultados e Duijn é um puncheur muito regular.
A grande contratação acaba por ser Lars Boom, ele que este ano não esteve ao seu melhor nível mas quando tem motivação para tal consegue excelentes resultados quer no contra-relógio quer nas clássicas do empedrado. Outras duas contratações World Tour foram Maurits Lammertink e Boy van Poppel. O primeiro regressa à equipa de onde saiu para a Katusha para relançar a carreira, mais um puncheur bastante rápido e capaz de dar muitos pontos no World Ranking. Van Poppel tentará ser um dos sprinters da equipa após muitos anos como lançador na Trek-Segafredo.