Ano após ano a Uno-X Pro Cycling Team ganha cada vez mais fãs dentro da modalidade. A atitude combativa da equipa norueguesa é apreciada por todos e, para além disso, possuiu um plantel muito jovem, cheio de talentos. 2022 voltou a ser o ano de afirmação para alguns deles mas também o ano de revelação para muitos. Inicia-se agora um novo ciclo, com a chegada da grande figura daquele país.



Os dados

Vitórias: 9 triunfos, 5 deles conseguidos até meados de fevereiro, o que mostra que a equipa iniciou a temporada a voar.

Pódios: 28 pódios, com alguma sorte poderiam ter surgido mais triunfos.

Dias de competição da equipa: 180 dias no total, não foi um calendário muito extenso, aproveitando, principalmente, as muitas competições na Europa Central.

Idade média do plantel: 25,2 anos de idade, a juventude predomina na equipa escandinava e só Lasse Norman Hansen tem mais de 30 anos.

Mais kms: Martin Urianstad foi o maratonista do ano, com 10 563 kms.

Melhor vitória: Anthon Charmig, numa chegada em subida do Tour of Oman, derrotando nomes importantes como Jan Hirt, Fausto Masnada e Rui Costa.

 

O mais

Tobias Halland Johannessen teve uma primeira temporada como profissional de sonho. O norueguês confirmou todo o seu potencial ao entrar a ganhar na Etoile de Besseges, onde foi 3º à geral, no entanto o mais surpreendente vinha nas provas World Tour, ao ser 7º na Catalunha e 10º no Dauphine, sendo que pelo meio foi 4º na Volta a Noruega. Teve a segunda metade de época estragada por uma lesão.



Anthon Charmig foi outro ciclista a brilhar nas montanhas. Venceu no Oman onde foi 5º, 2º na Volta a República Checa, 7º no Saudi Tour e 9º na Volta a Hungria. Os trepadores Torstein Traaen e Jonas Gregaard também cumpriram, quando lideraram conseguiram terminar no top-10.

Rasmur Tiller era o homem das clássicas e não falhou. Já com bastante experiência, apesar dos seus 26 anos, somou 4 importantes top-10, incluindo 2º no Paris-Tours e 6º na Omloop Het Nieuwsblad, antes de ser campeão nacional de estrada. Palavra para Soren Waerenskjold, campeão do mundo sub-23 de contra-relógio, teve um calendário reduzido devido a lesões mas provou ser mais uma pérola.

 

O menos

Chegado do World Tour e já com vasta experiência, esperava-se que Niklas Eg conseguisse assumir um papel de relevo dentro da equipa norueguesa no entanto apenas apareceu na Volta a Hungria. As restantes competições foram mais de trabalho, depois de não conseguir resultados de relevo. Anders Halland Johannessen não teve uma má temporada, mas quando comparado com o seu irmão esteve mais abaixo, algo que já era evidenciado nos restantes escalões.



O principal sprinter da equipa era Kristoffer Halvorsen e o talentoso norueguês teve um ano para esquecer. Muito por culpa das lesões, apenas cumpriu 23 dias de competição, o antigo campeão do Mundo sub-23 conseguiu apenas um top-10 e poucas foram as corridas que conseguiu terminar.

 

O mercado

Ao contrário de outras temporadas, em 2022 nenhum ciclista da Uno-X vai dar o salto para o World Tour. De saída estão 6 nomes, todos eles já com longo historial na equipa, sendo que 4 deles irão diretamente para a reforma, apesar de ainda serem bastante jovens (o mais velho tem 27 anos). As entradas são de 5 corredores, sendo que 3 deles chegam da equipa de desenvolvimento, o que mostra que todo o trabalho está a ser feito desde os escalões de formações. Falamos de Magnus Kulset (trepador), Marcus Hansen (puncheur) e Stian Fredheim (sprinter).

Louis Bendixen vem reforçar o comboio da equipa, já tem muita experiência no entanto quando falamos de veterania temos que referir o último e principal reforço, Alexander Kristoff! Aos 35 anos, o viking regressa a um ambiente mais familiar, mas a pressão está lá, Kristoff quer continuar a render ao mais alto nível e elevar a Uno-X e o ciclismo do seu país para outro patamar. Será, também, importante para transmitir os seus ensinamentos aos mais jovens.

 

O que esperar em 2023?

Inicia-se um novo triénio e a Uno-X tem os olhos postos no World Tour! A intenção já foi publicamente declarada pelos responsáveis da equipa e a chegada de Alexander Kristoff será muito importante, apesar de não vencer muito, o gigante norueguês será capaz de somar muitos pontos entre clássicas e chegadas ao sprint, continua a ser muito mas muito regular. Rasmus Tiller será um apoio fundamental.



Para a montanha também estão bem servidos, com os jovens Tobias Halland Johannessen e Anthon Charmig a terem tudo para subir, ainda mais, o nível e estar na luta contra os melhores do Mundo. Haverá sempre jovens a despontar, veremos se Soren Waerenskjold terá finalmente um ano sem lesões para mostrar tudo o que é capaz. Temos muitas expectativas para ver Jacob Hindsgaul Madsen.

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