Quinto ano do projeto de Jérôme Pineau e mais uma temporada de nível médio. As vitórias e os resultados de relevo voltaram a escassear, nem o calendário interno serviu para aumentar o palmarés da equipa. Pelo contrário, alguns jovens despontar e mostraram que o futuro da equipa pode ser risonho … mas tudo depende da chegada de patrocinadores.



 

Os dados

Vitórias: Apenas 5 triunfos, todos eles dados por ciclistas diferentes e somente dois na categoria 2.1.

Pódios: Os 23 pódios acompanharam as poucas vitórias conseguidas.

Dias de competição da equipa: 201 dias ao todo, um calendário praticamente todo ele europeu e que aproveitou as provas francesas e belgas.

Idade média do plantel: 27,8 anos de idade, uma equipa bastante veterana e que contava com 4 ciclistas acima dos 35 anos.

Mais kms: O maratonista foi o sprinter Luca Mozzato, que completou 13 116 kms.

Melhor vitória: O triunfo de Franck Bonnamour na La Polynormande, uma clássica da Taça de França onde o gaulês superou nomes como Lorenzo Rota, Anthony Turgis e Guillaume Martin.

 

O mais

2021 já tinha sido um ano com alguns resultados interessantes, mas 2022 foi mesmo o ano de explosão de Luca Mozzato. O italiano subiu o nível e mostrou que é mais que um sprinter, conseguindo estar na luta pelas clássicas do calendário europeu. A regularidade é o seu forte, foram 23 top-10 (4 deles no Tour de France), faltou foi a cereja no topo do bolo, a primeira vitória da carreira.

Axel Laurence começou o ano como um perfeito desconhecido e agora já é alguém que devemos olhar com atenção. Com um calendário mais alternativo, realizou uma segunda metade de época de luxo, com 12 top-10, incluindo uma vitória na CRO Race, onde ainda foi 2º. O grande destaque vai para o 2º lugar na Bretagne Classic, onde só perdeu para Wout van Aert. Por fim, uma palavra também para Pierre Barbier, o outro sprinter da equipa, é certo que não venceu, mas tal como os seus companheiros primou pela regularidade, foram 15 os top-10.

 

O menos

Franck Bonnamour não realizou uma temporada fraca, só que depois de um 2021 de luxo, onde foi uma das figuras do Tour esperava-se mais do puncheur francês. Apareceu a espaços, até conseguiu a primeira vitória da carreira, mas faltou mais regularidade, tanto conseguia estar na luta como rapidamente ficar de fora.




Alan Boileau era um nome pelo qual tínhamos expectativas, no entanto o jovem francês tarda em confirmar o seu potencial como um bom puncheur. Novamente, venceu no Tour du Rwanda mas isso é muito pouco, na Europa esteve muito discreto. Não que estivéssemos à espera de grandes temporadas dos veteranos Pierre Rolland e Jonathan Hivert, mas ambos são caixinhas de surpresas e quando menos se espera conseguem sacar um coelho da cartola, algo que não aconteceu este ano. Pode-se dizer que a idade já pesa.

 

O mercado

Devido à situação de incerteza que a B&B Hotels está a viver ainda pouco ou nada se sabe, de forma oficial, em relação à equipa francesa. Certa é a saída de Jonathan Hivert que se irá reformar. A partir daqui é tudo um enorme ponto de interrogação, com Mark Cavendish à cabeça. Tal como noticiamos há algumas semanas, o britânico tem acordo com a formação gaulesa mas tudo depende da chegada de novos patrocinadores.



Com Cavendish devem chegar, pelo menos, mais uma mão cheia de ciclistas, quase todos eles provenientes de equipas do World Tour mas tudo isto está dependente de dinheiro.

 

O que esperar em 2023?

Primeiro é necessário saber como a equipa chega a 2023. Neste momento 21 ciclistas têm contrato assinado, ou seja, praticamente todo o plantel da temporada passada. Luca Mozzato, Pierre Barbier e Axel Laurence têm tudo para se assumir como as grandes figuras, corredores que sprintam bem, passam as dificuldades, ideais para o calendário europeu.

O que pode mexer com tudo isto é a chegada, ou não, de Mark Cavendish e companhia, que viria a dar outra dinâmica à equipa. Caso aconteça, a B&B Hotels pode assumir outros voos, caso contrário voltará a ser um ano como os últimos.

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