Uma das equipas que os portugueses seguiram com mais atenção foi a CCC Sprandi Polkowice, devido à presença de Amaro Antunes na formação polaca. As vitórias até foram em abundância, no entanto a maioria foi em provas do calendário polaco, com apenas 5 a serem de nível 2.1 ou superior.
Depois de um ano de 2017 onde Jan Tratnik foi a principal figura o esloveno confirmou o porquê de ser um dos bons contra-relogistas no panorama internacional. Ganhou na Settimana Internazionale Coppi e Bartali, no CCC Tour onde finalizou em 3º, foi 2º na Volta ao Luxemburgo e na Volta à Eslováquia e campeão nacional de contra-relógio. Mais que um contra-relogista, o esloveno é um corredor completo que se adapta a provas com algumas dificuldades.
Amaro Antunes era a principal aposta da equipa e apesar da época não lhe ter corrido de feição e como desejava, foi ainda dos melhores da equipa, tesperávamos mais mas as lesões não o deixaram render ao nível desejado. 10º na Volta a Comunidad Valenciana, 2º no Giro dell’Appennino, 4º no Sibiu Tour e ganhou o Tour of Malopolska, triunfando na etapa rainha. A forma estava lá, mas sempre que se aproximava um objetivo algo corria mal. Dentro do calendário nacional, o grande destaque foi o jovem Szymon Sajnok, atual campeão do mundo de Omnium. Somou 4 vitórias e conseguiu alguns top 10 com sprinters de grande nível em provas World Tour. Um talento por lapidar.
Os sprinters da CCC Sprandi Polkowice foram o calcanhar de Aquiles da equipa. O experiente Marko Kump teve um ano para esquecer, somando apenas 6 top 10; o mais versátil Jonas Koch pareceu querer melhorar no final da temporada, tendo sido 9º na RideLondon e somando mais alguns 10º lugares mas muito pouco. Também Alan Banaszek desiludiu um pouco, este mais um jovem sprinter, com algumas semelhanças com Szymon Sajnok mas com menos, muito menos, resultados em 2018.
Mais uma formação em que é muito complexo falar sobre o seu mercado de transferências. A CCC vai-se juntar à BMC para formar uma equipa World Tour, com apenas 5 corredores a seguirem para o World Tour, um deles Amaro Antunes. Quase todos os ciclistas já arranjaram solução para 2019, a maioria em equipas Continentais, destacando apenas a saída de Jan Tratnik para a Bahrain-Merida.