Uma das equipas do escalão Profissional Continental com mais recursos e com um plantel mais vasto, a Israel Cycling Academy reforça essa aposta em 2019 a pensar nas presenças em Grandes Voltas. Variedade de nacionalidades é com a formação israelita, que está a reforçar, e de que maneira, o seu bloco de sprinters para conseguir atacar em várias frentes.
Para 2018 a grande aposta da equipa foi Ben Hermans e o belga esteve à altura do desafio, depois de sair da BMC e depois da primeira metade da época ter sido desapontante. Ganhou a Volta a Áustria e depois seguiu para os EUA para fazer 2º no Tour of Utah, antes de regressar à Europa para fazer 4º na Volta a Eslováquia. Só faltou mostrar esta qualidade nas provas do World Tour. Não houve propriamente um ciclista que nos tenha surpreendido, mas gostámos muito de Mihkel Raim.
O ciclista da Estónia, foi o que mais ganhou (etapas na Vuelta a Castilla y Leon, no Tour of Japan e no Tour de Korea, o campeonato nacional e a GWRR) e só lhe está a faltar um pouco mais de consistência. Aos 25 anos, 2019 pode ser a época de afirmação de um ciclista que sprinta bem mas gosta de percursos durinhos. Guillaume Boivin também esteve em bom plano, apesar de ter sprinters mais conceituados na equipa, 1 vitória e 4 top 10 em Setembro e Outubro salvaram a época.
Krists Neilands esteve brilhante em Junho e Julho, mas ainda não deu aquele salto qualitativo que todos esperámos do letão. Kristian Sbaragli ainda não correspondeu à grande aposta que a equipa fez na sua contratação e terminou 2018 só com 1 pódio, sendo que Sondre Holst Enger melhorou face a 2017, mas ainda não é o ciclista que vimos em 2016 na IAM Cycling. Para nós a grande desilusão de 2018 na equipa israelita foi mesmo August Jensen, norueguês de 27 anos contratado à Team Coop após uma temporada brilhante, em que somou mais de 30 lugares dentro do top 10. Em 2019 nem no seu país natal conseguiu resultados e só se conseguiu mostrar em algumas clássicas belgas.
Esta aposta da Israel Cycling Academy em sprinters tem 2 razões muito fortes. Primeiro, esperavam mais de Kristian Sbaragli e Sondre Holst Enger, e segundo, os sprinters serão uma fonte muito grande de pontos, preciosos para o novo World Ranking. Por isso mesmo foram contratados Rudy Barbier à Ag2r La Mondiale, Riccardo Minali à Astana e Davide Cimolai, à Groupama-FDJ. Cimolai já ganhou 3 etapas em provas do World Tour, Minali foi uma das confirmações de 2018 e procura subir ainda mais na hierarquia dos sprinters e Barbier acabou 2018 com 3 pódios e é mais talhado para as chegadas mais rápidas, enquanto que Cimolai gosta de mais dureza.
Atenção a Tom van Asbroeck, não teve o espaço que pretendia, mas o belga já conseguiu excelente resultados em clássicas e também tem uma boa ponta final que pode ajudar a isso mesmo. Matthias Brandle irá ajudar nas clássicas e nos contra-relógios, tal como Conor Dunne e Matteo Badilatti é um risco calculado, obteve excelentes resultados na sua primeira época como profissional. Quanto às saídas, ainda nenhuma está confirmada, mas se nenhum dos 8 ciclistas que estão neste momento na porta de saída renovar, o mais importante será mesmo Dennis van Winden, um ciclista completo e experiente.