Regressamos às equipas belgas com uma das formações mais combativas daquele país. Oriunda da região da Valónia, como indica o nome, a Wallonie-Bruxelles realizou uma temporada muito positiva, não só em termos de vitórias mas também mantendo o espírito combativo que sempre caracterizou esta formação.



Os dados

Vitórias: 7 triunfos divididos por 6 ciclistas, apenas Mathijs Paasschens conseguir dobrar a contagem;

Pódios: 20 ao todo, 2 deles em provas .HC;

Dias de competição da equipa: 148 dias;

Idade média do plantel: 25,9 anos

Mais kms: Baptiste Planckaert, com 11 011 quilómetros em 64 dias de competição

Melhor vitória: Lionel Taminiaux, na clássica francesa La Roue Tourangelle, onde conseguiu através de uma fuga bater nomes importantes das equipas francesas como Marc Sarreau, Nacer Bouhanni e Bryan Coquard.

O mais

O regresso de Baptiste Planckaert à Wallonie-Bruxelles correu na perfeição! Após duas temporadas menos conseguidas na Katusha, para onde tinha ido depois de uma passagem por esta equipa, o belga voltou às origens e conseguiu uma época ao nível de 2016. Muito mais que um sprinter, Planckaert adora dias duros em cima da bicicleta, nunca deixando de ser muito combativo. Vencedor da Rund um Koln, 2º na Tro-Bro Leon, na La DH Fammene Ardenne Classic e no Circuito da Valónia, 3º no Tour de Finistere, 4º no Grote Prijs Marcel Kint e 6º no GP Frankfurt, para além de muitos mais top 10, voltou à consistência que o caracteriza.




Lionel Taminiaux foi uma pequena revelação, somou bastantes top-10, revelou ter uma boa ponta final e ser um corredor que se adapta muito bem às clássicas do calendário francês e belga. Menção, também, para os sprinters Justin Jules e Emils Liepins, com duas temporadas positivas, sempre muito regulares.

O menos

Kenny Dehaes teve uma temporada para esquecer, ele que era o ciclista mais experiente da equipa e que vinha a conseguir bons resultados nas recentes temporadas. As pernas e a idade pesaram e, aos 35 anos, somou apenas 2 top-10, logo a abrir a 2019.

Esperávamos mais de Eliot Lietaer, um puncheur que tinha liberdade para procurar os seus resultados na formação belga mas apenas apareceu no Tour of Oman, prova onde foi 7º. Tem qualidade para mais mas tarda em confirmar o potencial.

O mercado

Vendo as saídas de ciclistas rápidos como Justin Jules e Emils Liepins, bem como a reforma de Kenny Dehaes, a Wallonie-Bruxelles decidiu apostar em Sean de Bie e Boris Vallée. Se De Bie é corredor muito completo, ao estilo de Baptiste Planckaert, que passa bem as colinas e é bastante rápido, talvez mais que o seu compatriota, Vallée é um sprinter mais puro, perfeito para as chegadas rápidas




Jelle Vanendert será uma adição importante de experiência à equipa, para além de, a espaços, ainda conseguir resultados interessantes nas provas do calendário belga. Luc Wirtgen, Jonas Castrique e Laurens Huys foram estagiários na segunda metade de 2019 e ganharam um contrato profissional para 2020.

O que esperar de 2020?

Muita combatividade nas provas do calendário belga e francês. Vão aparecer sempre na frente das corridas, mostrando a camisola da equipa. Para além disso, Baptiste Planckert e Sean de Bie podem formar uma dupla muito interessante neste tipo de provas, dois corredores semelhantes, capazes de conseguir resultados muito positivos.

Boris Vallée poderá ser sinónimo de algumas vitórias e esperamos que, depois de um ano de adaptação, Aksel Nommela dê o salto e consiga render a um nível mais elevado. Atenção ao holandês Mathijs Paasschens, um puncheur que está a evoluir a um bom ritmo, tendo já aparecido, entre os elites, este ano.



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