Chega a primeira equipa italiana da nossa lista, a Androni-Giocatolli, comandada por Gianni Savio. Uma formação que está, constantemente, a projetar jovens talentos para a ribalta. A próxima época trará mudança, a começar pelo naming da equipa, passando a denominar-se de Drone Hopper – Androni Giocattoli.
Os dados
Vitórias: 12 triunfos
Pódios: 48 pódios, a grande maioria em provas 2.2
Dias de competição da equipa: 156 dias de competição, a maior parte em corridas caseiras
Idade média do plantel: 25.5 anos é a média de idades da equipa. O intervalo vai desde os 19 anos de Santiago Umba até aos 36 anos de Alessandro Bisolti.
Mais kms: Simone Ravanelli com 10939 km
Melhor vitória: Triunfo de Jefferson Cepeda no Tour de Savoie Mont Blanc, vencendo a 2.ª etapa, com direito a subida ao Col du Galibier, que acabou por dar-lhe uma margem confortável para vencer a competição. Foi a única vitória em gerais da equipa.
O mais
Uma das peças dos últimos anos tem sido Jonathan Restrepo. O colombiano foi quem teve mais top dez dentro da equipa e apresentou-se a um bom nível nas clássicas italianas. Em termos de vitórias, conseguiu apenas 1 triunfo, no contrarrelógio do Tour do Ruanda. Andou ainda destacado na prova Boucles de la Mayenne, onde conquistou a camisola da montanha. O mais jovem da equipa, Santiago Umba, com apenas 19 anos, obteve resultados promissores. Conseguiu 2 vitórias, sendo o segundo mais vitorioso dentro da equipa. Alcançou ainda 15 top dez e um conjunto de boas exibições no calendário francês.
Jefferson Cepeda foi outro nome que apresentou alguns resultados. Venceu a geral e uma etapa no Tour de Savoie Mont Blanc, venceu a classificação da juventude no Tour dos Alpes e ainda conseguiu ser campeão nacional do seu país.
O menos
Os reforços no geral não estiveram em evidência. Matteo Malucelli, pelo que já apresentou, encabeça a lista dos que se esperava mais. Venceu logo no seu primeiro dia de competição, na Vuelta al Tachira, na Venezuela, e foi isso. Nunca foi um ciclista muito vencedor, mas já fez bem melhor noutras épocas. Já tinha estado na equipa entre 2017 e 2018, saindo por dois anos para a Caja-Rural, voltou para a formação italiana por uma época, e está, novamente, de saída, desta vez para a formação russa da Gazprom. Eduardo Sepúlveda até conseguiu alguns resultados razoáveis, mas fica sempre a sensação que podia dar algo mais.
O mercado
As contratações que saltam à vista são protagonizadas por Eduard Grosu e Juan Alba. O romeno pode dar garantias de vários pontos em provas secundárias, apesar de não ter conseguido nenhum triunfo nesta temporada. Enquanto que o colombiano Juan Alba vem da Movistar, o que por si só cria alguma expectativa. Aos 24 anos poderá ter aqui a oportunidade de lançar a sua carreira e de ter mais liberdade nas provas. Curiosamente, o seu melhor resultado da época foi na Volta a Portugal, na etapa com chegada a Fafe, onde fez um 4.º lugar.
Juntam-se ainda Umberto Mariango, proveniente da Bardiani, Gabriele Benedetti ex-Zalf Euromobil Fior, e ainda Trym Westgaard Holther, campeão nacional de contrarrelógio norueguês, na categoria de juniores.
Saídas confirmadas de Matteo Malucelli para a Gazprom-Rusvelo e do combativo Simon Pellaud para a Trek-Segafredo.
O que esperar de 2022?
Desde logo a mudança de patrocinador, com a empresa espanhola de drones a juntar-se ao projeto da Androni Giocattoli, por um período mínimo de quatro anos, substituindo o patrocínio da Sidermec. Continuará a ser uma equipa com bases italianas, mas com a esperança de bons resultados a cair, sobretudo, nos jovens colombianos e nas etapas de montanha. Do grupo, acabam por sobressair Daniel Muñoz e Jefferson Cepeda para os finais mais duros. Jonathan Restrepo e Eduard Grosu poderão ser aqueles que apresentam resultados mais regulares em sprints mais reduzidos.
Será interessante acompanhar o desenvolvimento dos ciclistas: Santiago Umba, Cepeda, Alba, Tesfatsion, Andrii Ponomar e do recém contratado Trym Westgaard Holther. A equipa deverá começar a temporada na Vuelta a San Juan.