Segundo ano do projeto Vital Concept – B&B Hotels, com os resultados a melhorarem substancialmente relativamente a 2018. Apesar disto, a formação liderada pelo ex-ciclista Jerome Pineau não conseguiu marcar presença no Tour de France, o grande objetivo desde a criação da formação gaulesa. Participa na maioria das provas do World Tour mas falta sempre o principal convite.
Os dados
Vitórias: 13 – divididas apenas por 3 ciclistas, Bryan Coquard, Lorrenzo Manzin e Patrick Muller;
Pódios: 38 ao todo, 8 deles em provas .HC – Bryan Coquard conseguiu 7;
Dias de competição da equipa: 191 dias;
Idade média do plantel: 27,9 anos
Mais kms: Bryan Coquard, com 11 693 quilómetros em 70 dias de competição
Melhor vitória: A última, na segunda etapa da Arctic Race of Norway. Bryan Coquard derrotou ao sprint Mathieu van der Poel, um feito raro dentro do pelotão internacional esta temporada
O mais
A grande figura da equipa apareceu esta temporada! Após um 2018 onde esteve mais discreto, Bryan Coquard regressou às boas exibições somando 8 vitórias (61,5% dos triunfos da equipa), 3 deles em provas .HC. É verdade que o melhor de “Le Coq” ainda não apareceu esta temporada mas, aos poucos, parece estar a voltar, bom sprinter, que adora finais algo inclinados e etapas com alguma dureza.
Quentin Pacher continuou no seu registo, o de regularidade ao longo de grande parte da temporada. 2º no Circuit Cycliste Sarthe, 4º na Volta a Limburgo, 5º no Tour de Wallonie, 6º nos Nacionais. Menção para Lorrenzo Manzin, sprinter que cumpriu no calendário interno, onde sempre foi o seu forte.
O menos
A expectativa em torno de Arthur Vichot era bastante no entanto o gaulês foi uma completa nulidade. Um ano para esquecer para um dos principais reforços para 2019, onde só conseguiu apenas um top-10. Muito pouco para o antigo campeão francês.
Pierre Rolland apareceu na segunda metade da temporada, somando três 7º lugares em classificações gerais, mas sabemos que tem qualidade para mais, pelo que já demonstrou, pelo que acaba por não ser uma temporada positiva, já que é uma das caras da equipa.
O mercado
De saída estão 6 corredores, onde se destacam Lorrenzo Manzin e Patrick Muller, 2 dos 3 ciclistas que venceram esta temporada. O primeiro sai para uma equipa rival, a Total Direct Energie, já o segundo abandona o ciclismo prematuramente. Os restantes ciclistas, Yoann Bagot, Steven Lammertink, Marc Fournier e Corentin Ermenault, saem com alguma naturalidade.
Numa tentativa clara de melhorar a qualidade da equipa foram adquiridos dois corredores a equipas do World Tour. Primeiramente, falamos Tom-Jelte Slagter, puncheur que já teve melhores dias mas que ainda consegue destacar-se nas provas do Europeu Tour, sendo fundamental para somar pontos. O segundo nome é Jens Debusschere, um sprinter bastante regular que adora as clássicas e as provas do calendário belga e francês. Será o substituto natural de Lorrenzo Manzin. Chegam, ainda, Frederik Backaert, um interessante corredor de clássicas, algo que faltava à formação francesa, Sebastian Schonberger, trepador austríaco, Cyril Barthe, puncheur francês que já brilhou em estradas portuguesas, e Luca Mozzato, jovem sprinter italiano.
O que esperar de 2020?
Acreditamos que Bryan Coquard vai continuar a assumir o protagonismo dentro da renomeada B&B Hotels – Vital Concept. Como já dissemos, 2019 foi bom mas, aos poucos, parece estar a voltar ao nível que atingiu em 2016. Arthur Vichot só pode melhorar, ele que é um expert no calendário francês, e esperamos que tal possa acontecer. Quentin Pacher deverá manter o seu registo.
Quanto aos reforços, Tom-Jelte Slagter e Jens Debusschere têm uma oportunidade de relançar a carreira numa equipa com as condições ideais para tal. Olhando para os mais jovens, Jérémy Lecroq deve continuar a sua evolução, um sprinter muito completo, que gosta das semi-clássicas francesas e Luca Mozzato terá um ano de adaptação, podendo aparecer nas provas com menor reputação do calendário gaulês.