Viramos hoje as atenções para a equipa Eolo-Kometa, equipa registada em Itália, com sede em Espanha, que contou nas suas fileiras com o português Daniel Viegas. Não foi uma temporada muito marcante, longe disso, mas ainda assim conseguiram obter alguns resultados interessantes.
Os dados
Vitórias: 3 triunfos, com um deles a ser em Campeonatos Nacionais
Pódios: 21 pódios, por várias vezes perto do primeiro posto
Dias de competição da equipa: 143 dias de competição, um calendário todo ele disputado em solo europeu.
Idade média do plantel: 26,1 anos, com Francesco Gavazzi como membro mais experiente, com os seus 38 anos.
Mais kms: O italiano Samuele Rivi com 12195 km percorridos.
Melhor vitória: O triunfo de Vincenzo Albanese no Tour du Limousin.
O mais
O inevitável Vincenzo Albanese é a principal referência desta Pro Team. Ao longo da temporada só ganhou por uma vez, mas conseguiu nove pódios e 32 top dez! Conseguiu fechar no quarto lugar da geral no Tour da Croácia e Tour da Eslovénia, e alcançou um 7.º posto no Giro di Sicilia. É perigosíssimo em sprints de grupos reduzidos e sempre um homem a ter em conta nas clássicas italianas e espanholas.
Apesar de, talvez, se esperar um pouco mais desde a vitória no Giro do ano passado, a verdade é que Lorenzo Fortunato continua a ser um membro importante e dos melhores no que toca a resultados. Esteve perto de ganhar uma etapa na Volta a Andalucia e terminou em segundo lugar na geral da Volta às Astúrias. Terminou em 15.º lugar no Giro e em sétimo na Adriática Ionica Race. Já na fase final da época, venceu a camisola da montanha no Tour da Eslováquia, e terminou em sexto lugar na clássica Giro dell´Emilia.
Nota ainda para os bons desempenhos do húngaro Erik Fetter e do italiano Alessandro Fedeli. O primeiro sagrou-se campeão nacional húngaro de contrarrelógio e o segundo viu-se envolvido na confusão e abandono da Gazprom-Rusvelo da modalidade, mas conseguiu revidar e ainda fazer alguns bons resultados. Davide Bais foi um nome irreverente nas fugas.
O menos
Não houve propriamente alguém a desiludir. Mas talvez pudéssemos pedir mais por parte de Diego Rosa e de Giovanni Lonardi. Parece que Lonardi está a demorar muito para saltar para outro tipo de exibições e muitas vezes nem em provas de categoria .2 consegue dar conta de si.
O mercado
Vão sair da equipa alguns ciclistas no final da época. O português Daniel Viegas será um deles, rumando à Aviludo-Louletano-Loulé Concelho. Sergio Garcia virá também para Portugal, para a Glassdrive Q8 Anicolor. Alessandro Fedeli irá para a Q36.5 Pro Cycling Team, enquanto que Márton Dina rumará à ATT Investments. Futuro ainda incerto para ciclistas como: Edward Ravasi, Mark Christian, Alejandro Ropero e Arturo Grávalos. Diego Rosa abandona a modalidade no final do ano.
O nome mais conhecido das entradas é o de Andrea Garosio, um ciclista que está habituado a correr em Itália e em equipas italianas. Pode ser um nome importante para as provas caseiras. Depois a equipa apostou em jovens. Simone Raccani, vindo de uma experiência como estagiário na Quick-Step, também irá pertencer às fileiras de Contador. Entradas ainda de Fernando Tercero, Andrea Pietrobon, Javier Serrano e de Davide Piganzoli. A equipa anda de olho nas jovens promessas e utiliza muito o Giro de Itália de sub-23 para contratar, prova disso são os nomes de Tercero e Piganzoli, visto que ambos fecharam no top dez deste ano. Aliás, Piganzoli fechou no 5.º lugar no Tour de l´Avenir e foi campeão nacional italiano de contrarrelógio na categoria de sub-23! É um nome, sem dúvida, interessante de seguir.
O que esperar em 2023?
Uma equipa que irá correr, maioritariamente, em Itália e em solo europeu. Albanese e Fortunato serão os maiores trunfos para a conquista de bons resultados. Pode ser que Lonardi apareça em boa forma e dê à equipa bons resultados. Vamos ver como os jovens respondem à pressão de um calendário profissional.