A Nippo-Vini Fantini teve uma temporada razoável, deixa uma imagem algo discreta, principalmente por não ter tido muito tempo de antena nas televisões (das 11 vitórias somente 2 foram televisionadas). Os sprinters foram os grandes protagonistas numa equipa que rendeu mais na segunda metade da temporada.




O grande desbloqueador e uma das grandes figuras da equipa foi Eduard Grosu. Romeno somou 6 dos 11 triunfos da equipa, precisamente os 6 primeiros. Festejou na 2ª etapa da Volta a Croácia, foi campeão de estrada e de contra-relógio e ainda ganhou 3 etapas no Tour of Qinghai Lake. Depois entrou em acção Damiano Cima, talvez a grande revelação da Nippo Vini Fantini, com vitórias no Tour de Xingtai e no Tour of China I. O triunfo talvez mais memorável foi o de Juan José Lobato na Coppa Sabatini. O espanhol reencontrou-se na formação italiana, especialmente na segunda metade da época, onde também foi 4º no Gran Premio Bruno Beghelli e na Coppa Bernocchi e 5º na Brussels Cycling Classic. A contabilidade de vitórias fechou com um hino ao ciclismo. Alan Marangoni, que trabalhou para os outros a carreira toda, somou a primeira vitória como profissional na sua última corrida da carreira.

Curiosamente o melhor ciclista da equipa nem sequer ganhou. Marco Canola baixou ligeiramente o nível em relação a 2017, mas mesmo assim esteve muito bem. Terminou por 8 ocasiões no pódio e mais de 20 vezes no top 10, mostrando uma regularidade incrível. É de destacar o 2º lugar no Tour de Limousin e no G.P. Industria, os vários pódios no Tour of Japan e ainda vários top 10 em clássicas. Mencionar ainda Marco Tizza, muito inconsistente, mas que mostrou laivos de genialidade em finais com ligeiras subidas, no Trofeo Matteotti, na Vuelta a Burgos e na Volta Limburg.




O plantel da Nippo Vini Fantini não era vasto em soluções, e por isso não houve assim tantos ciclistas abaixo do esperado. Damiano Cunego retirou-se depois de mais uma temporada apagada, Ivan Santaromita só apareceu na segunda metade do ano e exigia-se mais a um dos líderes e Simone Ponzi esteve longe do seu melhor, só por 2 vezes terminou entre os 10 primeiros, naquela que foi a pior época da sua carreira.

Quanto ao mercado de transferências, uma coisa é certa, ainda algumas coisas vão mudar na equipa italiana. Neste momento oficialmente estão 14 ciclistas com contrato para 2019 e o mínimo para uma Profissional Continental é 16 ciclistas. Precisamente os 3 ciclistas que falámos na secção anterior estão de saída, a par de Alan Marangoni, que segue o mesmo caminho de Damiano Cunego. 4 dos japoneses da equipa ainda não renovaram e a grande perda é mesmo Eduard Michael Grosu, para a Delko Marseille.




No entanto, grande parte do orçamento pode ter sido alocado na contratação de um grande líder, na figura de Moreno Moser. O italiano de 27 anos procura relançar e parte para a sua 1ª aventura fora do World Tour, que é arriscada e que pode correr muito bem ou muito mal. Giovanni Lonardi é um sprinter cotado no escalão sub-23, até ganhou no Baby Giro e Alejandro Osorio é um jovem colombiano que pode dar cartas, 6º no Baby Giro e vencedor da classificação da montanha na Volta a França do Futuro. Será uma Nippo Vini Fantini que não estará tão dependente dos seus sprinters para somar pontos e resultados. Atenção ainda aos irmãos Imerio e Damiano Cima, que podem confirmar a sua evolução nas chegadas em pelotão compacto.




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