Uma equipa que teve um desempenho fenomenal, principalmente tendo em conta que tinha um dos orçamentos mais reduzidos do World Tour e somou quase meia centena de triunfos. Em 2020 vai haver mais capacidade financeira e novas metas ambiciosas.

 

Os dados

Vitórias: 47 triunfos, quase metade deles no World Tour

Pódios: 95 presenças no pódio

Dias de competição da equipa: 246, houve equipas com muitos mais dias de competição.



Idade média do plantel: 28,3 anos, 17 ciclistas abaixo dos 28 anos.

Mais kms: Mike Teunissen, com 14109 kms

Melhor vitória: A classificação geral da Vuelta com Primoz Roglic, foi o culminar de uma prova quase perfeita por parte do esloveno e da equipa, alcançado uma vitória há muito procurada.

 

O mais

Não há volta a dar, temos de destacar o inevitável Primoz Roglic, aquele que para nós e para os nossos leitores foi o melhor ciclista do ano. Os dados não enganam, o esloveno de 30 anos ganhou 13 corridas e fez mais 13 pódios. Ganhou em todo o lado, no UAE Tour, no Tirreno-Adriatico, no Tour de Romandie, no Giro (2 etapas e 3º à geral quase sem equipa) e dominou a Vuelta com relativo conforto. Ainda teve energia para vencer o Giro dell’Emilia e a Tre Valli Varesine, melhor era quase impossível, andou de Fevereiro a Outubro e foi uma grande confirmação devido à sua performance nas Grandes Voltas.

Dylan Groenewegen foi dos poucos que também somou mais de 10 triunfos em 2019, 15 ao todo. É verdade que o holandês ganhou no Tour e no Paris-Nice, mas a maioria das vitórias foram obtidos fora do World Tour, apesar de poderoso Groenewegen não é o mais regular ao mais alto nível. Grande época também realizou Mike Teunissen, foi 7º no Paris-Roubaix, ganhou os 4 Jours de Dunkerque, o ZLM Tour e a 1ª etapa do Tour e ainda acabou a ser 6º no BinckBank Tour, 5º na Clássica de Hamburgo e 7º no Tour of Britain. Há mais nomes a destacar, Wout van Aert estava a ser genial até à queda no Tour, Amund Jansen subiu claramente na hierarquia da equipa nas clássicas e Laurens de Plus foi preponderante em algumas corridas este ano e aproveitou bem as oportunidades.



 

O menos

Não há muito por onde pegar neste departamento, mas por alguma razão a equipa não renovou o vínculo com Danny van Poppel. O talentoso holandês piorou muito o desempenho face a 2018 e agora a equipa tem outras prioridades, tendo Dylan Groenewegen como único sprinter. George Bennett esteve mais apagado que em outros anos, era um dos grandes favoritos na Volta a Califórnia perdendo para Pogacar e Higuita, no Tour sacrificou-se por Kruijswijk e na Vuelta, já desgastado, trabalhou para Roglic.

 

O mercado

Totalmente inesperada (pelo menos a meio da época) a vinda de Tom Dumoulin. Só que Dumoulin estava saturado dos métodos de trabalho da Team Sunweb e queria passar para uma nova fase na carreira. Ao mesmo tempo a Jumbo-Visma queria reforçar a sua aposta nas Grandes Voltas alicerçada num reforço orçamental e tudo se conjugou na vindo do holandês para a formação holandesa.

A equipa não esqueceu a aposta na juventude e contratou o jovem norueguês Tobias Foss, que venceu a Volta a França do Futuro em 2019 com uma exibição impressionante. Nesta primeira época no World Tour e com tantos líderes na Jumbo-Visma veremos o papel que terá. Christoph Pfingsten entra como “road captain” e Chris Harper sobe ao World Tour após muitas épocas positivas em equipas Continentais. Saíram Danny van Poppel, Floris de Tier, Neilson Powless e Daan Olivier.



 

O que esperar em 2020?

Com Primoz Roglic, Tom Dumoulin e Steven Kruijswijk, os rumores têm apontado para que Primoz Roglic tenha primeira escolha nas Grandes Voltas e o esloveno parece apontar ao Tour, deixando o Giro para Dumoulin. Kruijswijk deve fazer o papel de opção secundária em 2 Grandes Voltas, sendo protegido na fase inicial, trabalhando caso seja necessário e em caso de queda ou doença passa a ser ele o líder.

Para George Bennett deve ficar o papel de gregário de luxo, já não haverá espaço para o neo-zelandês, e Laurens de Plus terá o mesmo estatuto, com uma ou outra chance em provas de 1 semana. A equipa esperará que Robert Gesink recupere dos problemas de saúde e que Sepp Kuss e Antwan Tolhoek continuem a sua evolução. Os jovens Jonas Vingegaard e Tobias Foss podem ser as grandes surpresas.

Nas clássicas Wout van Aert vai ser a grande aposta, secundado por um bloco cada vez mais forte e com mais opções, com Mike Teunissen, Timo Roosen e Amund Jansen, para além do experiente Tony Martin nas clássicas.



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