Mantendo a tradição, a Astana de Alexandre Vinokourov voltou a ser uma das equipas que mais espetáculo deu durante a temporada, com os seus líderes a não desiludirem. Um total de 30 vitórias, onde os vencedores foram bastante variados.
Com a saída de Fabio Aru, Miguel Angel Lopez afirmou-se como o grande líder para as provas por etapas. O ainda jovem colombiano foi regular toda a temporada, acabando praticamente todas as provas por etapas que fez no pódio. 3º no Giro e na Vuelta, “Superman” ainda foi 2º na Vuelta a Burgos e no Tour of Oman, 3º no Tour of the Alps e no Abu Dhabi Tour. Somou ainda 3 vitórias nestas provas.
E o que dizer de Alexey Lutsenko? Sofreu uma transformação tremenda, deixando de ser apenas um homem de clássicas e subindo também com os melhores. Ganhou o Tour of Oman, foi campeão nacional e campeão asiático, terminando a temporada com um 2º posto na Volta a Turquia. Michael Valgren está cada vez melhor, ganhou a Amstel Gold Race e a Omloop Het Nieuwsblad, numa demonstração que é um ciclista para qualquer tipo de clássicas. Jakob Fuglsang continua a dar que falar nas provas de uma semana, 2º na Suiça e 4º na Romandia, mas o Tour voltou a não correu de feição, onde foi 12º.
Magnus Cort já não é só um sprinter, sendo também um ciclista capaz de passar a montanha e somou vitórias importantes em 2018. Pello Bilbao foi 6º no Giro e trabalhou imenso para os seus líderes, Sergei Chernetskii teve uma segunda metade de época impressionante, Omar Fraile voltou a ser regular e a sua ponta final deu-lhe algumas vitórias e, apesar da idade, Luis Leon Sanchez é, ainda, um ciclista importante.
Quando a maioria dos ciclistas anda bem durante uma temporada é ainda mais notório a falta de resultados de outros ciclistas. Jesper Hansen voltou a desiludir, não andando na montanha como aquilo que é capaz. Jan Hirt muito trabalhou para os seus líderes no entanto faltou algo ao checo para atingir um novo patamar dentro da equipa, pois nas Grandes Voltas passou um bocado ao lado. Mais uma temporada para esquecer para Moreno Moser, que continua longe daquilo que apresentou nas suas primeiras épocas enquanto profissional, quando discutia as provas. Por fim, Oscar Gatto foi, outra vez, um desastre nas clássicas e mesmo nas restantes provas não se viu.
Uma autêntica revolução é o que aconteceu ao plantel da Astana. Saem 11 e entram 9. Uma das equipas que mais se mexeu no mercado. Nas saídas destaque para Michael Valgren, Tanel Kangert, Sergei Chernetskii e Riccardo Minali, aquele que era o único sprinter da equipa. Os classicómanos e os sprinters estão quase todos de saída num reforço do bloco de montanha de Miguel Angel Lopez e na tentativa de encontrar um 2º grande líder.
Os irmãos Izagirre, Ion e Gorka, terão esse papel e se andarem tão bem como este ano, conseguirão bons resultados. Hernando Bohorquez, Rodrigo Contreras e Merhawi Kudus são os restantes homens de montanha. Manuele Boaro é sempre um ciclista importante dentro de qualquer equipa, Yuriy Natarov chega de uma equipa da casa, Jonas Gregaard Wilsly convenceu após o estágio na segunda metade de 2018 e Davide Ballerini, típico ciclista italiano que passa bem a média montanha e tem boa ponta final, chega ao World Tour depois de um ano de 2018 que será difícil de repetir.