A equipa britânica foi novamente uma das melhores equipas do ano e arrecadou mais uma vitória na Volta a França. O conjunto britânico fica marcado pela mudança de nome, a meio do ano, passando de Team Sky para Team INEOS.

 

Os dados

Vitórias: 26 vitórias, com o mês de junho a ser preponderante com nove triunfos.

Pódios: 89 pódios. A equipa encontrou-se muitas vezes nos lugares cimeiros das classificações.

Dias de competição da equipa: 264 dias de competição.

Idade média do plantel: 28,7 anos.

Mais kms: Salvatore Puccio com 13 024 km percorridos.

Melhor vitória: Sem contar com a impressionante vitória de Egan Bernal no Tour de France, destacamos o triunfo de Wout Poels na etapa sete do Critérium du Dauphiné, vindo de trás, o holandês ultrapassou Buchmann e Fuglsang nos últimos 200 metros e sprintou para a vitória, numa clara demonstração de força.



O mais

O colombiano de 22 anos, Egan Bernal, foi a figura da equipa nesta temporada. Venceu apenas uma etapa ao longo do ano, no Tour da Suiça, e conquistou a sua geral, a do Paris-Nice e venceu o Tour de França. No final da temporada, já em outubro, venceu a clássica italiana de Gran Piemonte.

Ao longo da temporada, o jovem ciclista conquistou 30 top ten! Foi claramente um dos ciclistas com maior crescimento face ao ano de 2018. Tornou-se o ciclista mais jovem de sempre a conseguir conquistar o Tour e o primeiro colombiano a conseguir tal feito.

Wout Poels foi outro elemento importante dentro da equipa. O corredor não falhou quando foi chamado para assumir o papel principal, com pódio no Santos Tour Down Under e Volta ao Algarve, top ten no Tirreno-Adriático, top five no Dauphiné. Talvez se pedisse mais na Vuelta, mas o ciclista não conseguiu acompanhar os melhores.

Dentro da equipa, de forma geral, os ciclistas tiveram um bom desempenho. As subidas de rendimento de Pavel Sivakov, Tao Hart, Eddie Dunbar, Halvorsen e de Ganna são exemplos disso.



O menos

Um ciclista que andou apagado foi Michal Kwiatkowski. O polaco que já foi campeão do mundo em 2014, não conseguiu aparecer esta temporada. A sua melhor prestação foi no Paris-Nice, onde acabou conquistar a camisola dos pontos e um terceiro lugar da geral. Soube a pouco, para o deslumbre que este ciclista é capaz de proporcionar.

O italiano Gianni Moscon foi outro nome que mal apareceu em acção. O ciclista que em 2018 tinha conquistado cinco triunfos durante a época, acabou por não conseguir ganhar, nem andar bem nas clássicas italianas, onde o corredor transalpino se sente bem.



O mercado

O reforço que salta à vista é claramente o atual detentor do Giro de Itália, o equatoriano, Richard Carapaz. É um reforço de luxo para o comboio demolidor da INEOS, pelas subidas acima.

Rohan Dennis é outro reforço sonante. O australiano é só o campeão do mundo de contrarrelógio. No entanto, a época teve poucos momentos gloriosos para o corredor, destacando-se apenas no Tour da Suiça.

A equipa está a procurar jovens talentos para o futuro. Assinou com Ethan Hayter, um ciclista que ficou em segundo lugar no campeonato nacional de contrarrelógio da categoria de sub-23 de Inglaterra. Venceu o prólogo e uma etapa no Giro Ciclistico de Itália, conseguindo também a camisola dos pontos. Triunfo em uma etapa do Tour de l´Avenir, acabando por abandonar na quarta etapa. É campeão nacional de pista, em omnium e scratch, ele que já foi campeão mundial de perseguição por equipas e campeão europeu de omnium. É um jovem em que se vê muito potencial.

Vindo de Espanha, chega Carlos Rodriguez de 18 anos. É bicampeão nacional espanhol de contrarrelógio individual, na categoria de junior. Conseguiu quatro vitórias nesta temporada, em provas do calendário junior. Em 2018, o corredor terminou o Paris-Roubaix para os mais novos em sexto lugar.

Brandon Rivera chega da Colômbia, intitulado como campeão panamericano de contrarrelógio. O ciclista esteve na equipa continental da GW-Shimano em 2019. Sobe ao principal escalão com o intuito de ganhar experiência e de se desenvolver.

Saiem ciclistas importantes, mas na Team INEOS todos são ciclistas de qualidade. A saída de Wout Poels é claramente a maior perda para a formação. David De la Cruz também estava a precisar de uma mudança de ares e ruma à Emirates. Diego Rosa segue para o projeto da pro continental Arkéa-Samsic. Kenny Elissonde vai ajudar Vincenzo Nibali na Trek-Segafredo, e Halvorsen vai tentar a sua chance na EF Education First.



O que esperar em 2020?

Espera-se uma equipa fortíssima. Caso Chris Froome esteja recuperado e a cem por cento, é bem possível que as dores de cabeça sejam de quem escolher para liderar as provas. Com Froome, Bernal, Thomas e agora um Carapaz que quer se queira ou não, já ganhou o Giro. O foco será o Tour, como tem sido ao longo dos anos, mas este ano a equipa deve virar-se também para o Giro de Itália, visto que os Jogos Olímpicos estão muito próximos da data do Tour, são vários os ciclistas com pretensões à vitória final.

Pavel Sivakov que teve uma temporada muito boa, também deve querer o seu espaço para liderar em provas secundárias. Com tantos nomes em cima da mesa, a INEOS pode dar-se ao luxo de tirar à sorte o nome do ciclista para liderar uma prova.

Será este o ano de confirmação de Filippo Ganna, como um dos melhores contrarrelogistas do mundo? O italiano obteve em 2019 grandes resultados no contrarrelógio, conseguindo um terceiro lugar no campeonato do mundo e acabando por sagrar-se campeão nacional de contrarrelógio.

Vamos observar como se adaptam os jovens à formação britânica e como se desenvolvem.





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