Continuamos a subir no nosso ranking e entramos no top-5 com a primeira das duas equipas árabes. A formação do Bahrain teve um ano para mais tarde recordar, viu os seus ciclistas darem um enorme salto qualitativo, o que lhes valeu excelentes resultados ao longo de toda a temporada.

 

Os dados

Vitórias: 30 triunfos, 16 deles no World Tour.

Pódios: Uns impressionantes 100 pódios, andaram entre os melhores de fevereiro a outubro.



Dias de competição: 199 dias de competição, um calendário baseado no World Tour e nas principais provas do segundo escalão.

Mais kms: Matej Mohoric fez 11 913 kms oficiais em 2021.

Idade média do plantel: 29,6 anos, uma das formações mais veteranas do pelotão internacional, com quatro ciclistas acima dos 35 anos.

Melhor vitória: num ano de grandes triunfos, desde a vitória de Mark Padun na última etapa do Dauphiné aos grandes solos de Matej Mohoric, temos que destacar o brilhante triunfo de Sonny Colbrelli na épica Paris-Roubaix.

 

O mais

O que dizer de Sonny Colbrelli? O campeão europeu transformou-se, por completo, em 2021 e está num corredor ganhador e temível por todos. Mais que um sprinter, o italiano adapta-se a qualquer tipo de clássicas e passa melhor que nunca a montanha. Venceu a Paris-Roubaix. o Benelux Tour e o Memorial Marco Pantani, foi campeão europeu e italiano, e ainda somou mais 20 top-10.

Matej Mohoric também atingiu outro nível esta temporada. O esloveno sempre se caraterizou por ter um motor impressionante e este ano tudo correu de feição. A combatividade valeu-lhe 2 triunfos no Tour, foi campeão nacional, 2º na Clássica San Sebastian, na Volta a Polónia e no Benelux Tour.



Nas Grandes Voltas, as figuras foram muitas. Damiano Caruso rendeu no Giro, onde foi um surpreendente 2º classificado, ele que venceu no Giro e na Vuelta. Jack Haig vinha a fazer um ano consistente, era o líder para o Tour, foi forçado a abandonar mas respondeu na Vuelta, ao terminar em 3º. Na Vuelta também sorriu Gino Mader, 5º classificado e vencedor da juventude, ele que já tinha ganho no Giro. Começou o ano a perder uma etapa de forma inglória no Paris-Nice.

Mark Padun teve momentos de brilhantismo, as suas exibições no Dauphine foram algo de extraordinário, no entanto falta-lhe mais regularidade. Phil Bauhaus, finalmente, conseguiu atingir um novo nível, teve um calendário adequado, somando 7 vitórias, uma delas no World Tour.

 

O menos

Numa equipa que esteve em grande, é difícil encontrar nomes que desiludissem no entanto, quem salta à vista é, precisamente, o seu grande líder. Mikel Landa continua a desiludir ano atrás de ano. Ou é por quedas, ou por lesões mas o basco não consegue render ao nível que sempre prometeu. Até foi 3º no Tirreno-Adriático mas depois nos grandes objetivos, o Giro e a Vuelta, não conseguiu terminar nenhum deles.

 

O mercado

Não foram muitas as mexidas na formação árabe. Eros Capecchi e Marcel Sieberg abandonam a modalidade, ao passo que Marco Haller, Mark Padun, Kevin Inkelaar e Scott Davies irão para novos destinos. De todos estes, apenas Haller e Padun poderiam ser considerados peças importantes dentro da manobra da equipa.



Relativamente às entradas, Luis Leon Sanchez chega para dar muita experiência ao plantel e transmitir os seus ensinamentos aos mais jovens. Apesar de veterano, o murciano ainda está para as curvas. Já Jasha Sutterlin vem reforçar o bloco das clássicas. As restantes 4 contratações são apostas na juventude. O campeão do Mundo sub-23 de contra-relógio Johan Price-Pejtersen vem colmatar uma das falhas da equipa e para a montanha as esperanças estão depositadas em Edoardo Zambanini, Alejandro Osorio e Filip Maciejuk.

 

O que esperar de 2022?

Mikel Landa continuará a ser a grande aposta para as Grandes Voltas, no entanto o basco não pode continuar a falhar uma vez que dentro da formação árabe já tem bastante concorrência com o crescimento de Jack Haig e Gino Mader. Damiano Caruso deverá continuar a ter as suas oportunidades, sendo chamado ao trabalho muitas vezes, tal como se vê com Pello Bilbao.



Será Sonny Colbrelli capaz de manter o nível de 2021? O italiano já deu entrevistas a contar com isso, quer continuar na discussão das corridas mais importantes. Com Matej Mohoric e, Dylan Teuns, a Bahrain-Victorious tem 3 boas opções para qualquer tipo de clássicas.

Para os sprints, Phil Bauhaus continuará a ser o líder, numa equipa onde estamos curiosos para ver a evolução de Johan Price-Pejtersen e Jonathan Milan.

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