Regresso da grande montanha na Vuelta a Espanha, um dia que viu a fuga formar-se nos primeiros quilómetros, ao contrário do que aconteceu nos últimos dias. 24 ciclistas na frente, entre os quais Mauro Schmid, Gijs Leemreize, Brandon McNulty, Jay Vine, Marc Soler, Sam Oomen, Wout van Aert, Dylan Teuns, Michael Woods e Mikel Bizkarra. Sem ninguém perigoso para a classificação geral, a fuga foi ganhando minutos atrás de minutos e, mais uma vez, a vitória estava na fuga do dia.



Aproveitando a presença na frente, Wout van Aert ia somando pontuação máxima nas contagens de montanha, saltando para a liderança da respetiva classificação. Ainda antes do sprint intermédio de Sésamo, os primeiros ataques na fuga, com Victor Campenaerts a começar a selecionar o grupo, ficando na frente o belga, Leemreize, McNulty, Vine, Soler, Van Aert, Schmid, Woods e Oomen. No sprint intermédio, Van Aert somava pontuação máxima e, na montanha seguinte, no Puerto de Lumeras idem, mesmo com vários ataques de Vine e Soler.

A vitória estava neste grupo da frente, o pelotão comandado pela Movistar estava a 17 minutos e o grupo perseguidor a mais de 1 minuto. Na descida do Puerto de Lumeras, péssimas notícias para a UAE Team Emirates, com McNulty e Vine a caírem enquanto iam na frente, o que reduzia a luta pelo triunfo a Van Aert, Soler, Woods, Schmid e Oomen. O Puerto de Ancares chegava e, depois de 2 quilómetros fáceis, a fuga dividiu-se. Um a um, os ciclistas iam cedendo até Woods ficar na frente a 4500 metros da chegada. Ninguém conseguiu seguir o campeão canadiano, sempre num ritmo consistente e, no final, celebrou o triunfo que procurava. Vitória para Woods com 45 segundos de vantagem para Schmid e 1:11 para Soler.



No grupo dos favoritos, a subida final aparecia e também surgia a Red Bull-BORA. Ritmo infernal da equipa alemã que começa a fazer descolar os homens da geral, com o líder Ben O’Connor a ceder a 4 quilómetros do fim. Sentindo as dificuldades dos rivais, Primoz Roglic atacava, com Enric Mas e Sepp Kuss a seguirem. Kuss não aguentava, numa altura em que Landa chegava à frente. 2300 metros para os favoritos e Roglic já estava sozinho, ninguém o conseguia seguir. Para trás, muitas reviravoltas, com Mas a quebrar bastante.

O esloveno não tinha ninguém ao seu nível, fez uma subida brutal e, no final, ganhava tempo a todos. Landa perdeu 35 segundos, Skjelmose 38, Carlos Rodriguez e Gaudu 44, Carapaz e Mas 58, Kuss 1:05 e O’Connor 1:55. Contas feitas, O’Connor ainda é líder da Vuelta mas apenas com 1:21 de vantagem para Roglic e 3:01 para Mas. Carapaz e Landa completam o top-5 a escassos segundos de Mas.

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