Pouco depois das 11 horas da manhã saiu para a estrada a 106ª edição do Tour de France. Com o início na Bélgica, mais concretamente na cidade de Bruxelas, dois belgas decidiram ir para a fuga do dia, falamos de Xandro Meurisse e do campeão olímpico Greg van Avermaet, aos quais se juntaram Natnael Berhane e Mads Wurtz Schmidt.
A luta pela camisola da montanha animou o início da etapa, com o icónico Kapelmuur a abrir as hostilidades, seguido do Bosberg. Greg van Avermaet passou na frente o primeiro, Meurisse o segundo, com o campeão olímpico a assegurar a subida ao pódio no final do dia e a deixar-se apanhar pelo o pelotão, que seguia comandado pelas equipas da Deceuninck-QuickStep, Lotto Soudal e Jumbo-Visma.
O trio que seguia na frente de corrida manteve-se isolado até 70 quilómetros do fim, altura de passagem por um setor de empedrado onde a Bora-hansgrohe decidiu acelerar, partindo por completo o pelotão. A equipa alemã só parou depois do sprint intermédio, onde Peter Sagan foi primeiro. Ciclistas como Elia Viviani, Alexander Kristoff e Daniel Martin não ganharam para o susto pois chegaram a estar para trás com mais de 1 minuto de desvantagem para o pelotão.
O pelotão acalmou e Stephane Rossetto lançou-se ao ataque a 55 quilómetros do fim. O francês da Cofidis chegou a ter praticamente 2 minutos de vantagem mas as equipas dos sprinters tiveram-no sempre debaixo de olho. No pelotão, tudo calmo até aos 17 quilómetros finais, quando Jakob Fuglsang foi ao chão, ficando algo mal tratado, no entanto o dinamarquês reentrou no pelotão alguns quilómetros depois, já com Rossetto também apanhado.
Como seria de esperar, o nervosismo e a confusão foram aumentando, com todos a quererem estar colocados na frente. Inevitavelmente, uma queda aconteceu à entrada do quilómetro final, deitando por terra Dylan Groenewegen, Geraint Thomas, entre outros.
Poucos foram os que passaram e quem ficou na frente foi a Deceuninck-QuickStep que estava bem colocada mas sem o seu sprinter Elia Viviani. Maximiliano Richeze fez um excelente trabalho como habitual mas Viviani não estava na sua roda. Michael Matthews ficou na frente a 350 metros e foi obrigado a lançar o sprint desde cedo. Peter Sagan estava na posição perfeita e quando arrancou para o sprint parecia que iria para a vitória no entanto de trás vinha um rapidíssimo Mike Teunissen, lançador de Groenewegen, para conquistar o triunfo, por uma margem inferior a uma roda. Caleb Ewan foi um pouco fechado no sprint final, acabando no 3º lugar.
Com este triunfo, Mike Teunissen é o primeiro camisola amarela do Tour 2019. Nelson Oliveira, José Gonçalves e Rui Costa chegaram integrados no pelotão e não ficaram envolvidos em quedas.