Uma das clássicas mais icónicas do calendário internacional e das mais antigas também, a Milano-Torino, decorreu hoje e com condições complicadas, em parte a lembrar o Mundial de Yorkshire. Uma fuga composta somente por 5 elementos: Remi Cavagna, Joan Bou, Daniel Savini, Joey Rosskopf e Nicolas Dalla Valle, animou a corrida, as 3 primeiras horas foram cumpridas a 46 km/h de média e o quinteto ainda entrou nos últimos 30 kms com 2 minutos sobre um pelotão que tinha várias equipas ao leme, com destaque para a EF Education First, a Ineos e a Movistar.
O pelotão acelerou e na primeira passagem por Superga só restava 1 minuto à escapada. Foi na entrada da subida que Remi Cavagna se destacou e manteve 50 segundos algum tempo, sendo apanhado pelo ritmo da Ineos a 20 kms do final. A última ascensão foi atacada praticamente desde a base, Fuglsang acelerou o ritmo, que antecedeu o ataque de Michael Woods, seguindo com ele Gorka Izagirre e Jack Haig.
Woods deixou Haig e Izagirre para trás e recebeu a companhia de David Gaudu, sendo que a 2 kms da meta Haig meteu-se ao trabalho e ainda levou Yates, Valverde e Bernal à frente. As rampas inclinadas regressaram e voltaram a destacar-se Gaudu e Woods, o entendimento não foi o melhor e a corrida decidiu-se num sprint a 7, com Gaudu, Woods, Valverde, Bernal, Yates, Benoot e Mollema, que entretanto tinham feito uma corrida de trás para a frente.
Mesmo partindo para os 500 metros finais na frente Michael Woods acelerou e ninguém conseguiu acompanhar o canadiano de muito perto, Alejandro Valverde ainda logrou manter distâncias, recuperou um pouco, só que foi tarde demais, Woods ganhou mesmo a 100ª edição da Milano-Torino, diante de Alejandro Valverde e de Adam Yates. Rui Costa foi 25º a 1:34 e Ivo Oliveira não concluiu a prova.