Se durante a tarde falámos do Tirreno-Adriático, agora viramo-nos para França e para o Paris-Nice. Uma edição menos dura que o habitual, sem uma verdadeira chegada em alto, sem um contra-relógio mas com duas tiradas em pequenas topos e outras duas etapas complicadas.
Estávamos a 15 de Março de 2014, 7ª etapa da “Corrida para o Sol” e Carlos Betancur seguia na liderança, após ter ganho as últimas duas etapas. Em 2º lugar, estava Geraint Thomas, que dava os primeiros passos na disputa das provas por etapas e em 3º, nada mais nada menos que o campeão do Mundo Rui Costa.
Um dia com 5 subidas categorizadas viu uma fuga forte sair nos primeiros quilómetros e marcar a tirada. Laurent Didier, Lieuwe Westra, Pim Ligthart, Sylvester Szmyd, Matthias Frank, Brice Feillu e Cyril Lemoine eram os nomes mais sonantes, com Feillu a “matar” a esperança da escapada já que se encontrava a pouco mais de 1 minuto da liderança de Betancur.
O sempre combativo Lieuwe Westra foi o último a ser apanhado, a ainda 40 quilómetros do fim, mostrando a rédea curta dada à fuga. Sylvain Chavanel, inconformado, tentou por várias vezes distanciar-se do pelotão mas sem sucesso. A aproximação à subida final ficou marcada por uma queda feia de Geraint Thomas.
Na curta ascensão para Biot viu John Degenkolb lançar um primeiro ataque, entrando isolado no quilómetro final, no entanto o sprinter alemão foi caçado pelo trabalho da AG2R La Mondiale. Seguiram-se ofensivas de Vincenzo Nibali, Peter Velits e Wilco Kelderman mas na roda do ainda jovem holandês estava Tom-Jelte Slagter que, na altura certa, arrancou para o sprint, conquistando a vitória. Rui Costa recuperou bastante no final, sprintando para um muito positivo 2º lugar à frente de Carlos Betancur.
No final da etapa, Rui Costa subia ao 2º lugar da classificação geral, posto em que iria terminar no final da prova em Nice, no dia seguinte. Carlos Betancur conseguiria a grande vitória da sua carreira, num ano em que se pensava que iria dar o salto, algo que não veio a acontecer. Para Rui Costa, o ano enquanto campeão do Mundo continuou, de forma positiva, com lugares de destaque na Tour de Romandie, Volta a Suíça, Giro di Lombardia e Volta a Pequim, depois de já ter sido 3º na Volta ao Algarve.