Sem ciclismo no presente, devido à pandemia de COVID-19, das poucas coisas que resta aos fãs de ciclismo é olhar para o passado e rever grandes momentos. É isso mesmo que vamos fazer nesta série, começando logo com um final épico.



Nem por acaso. Ontem Nairo Quintana ganhou uma etapa com chegada em alto, isolado, com mais de 40 segundos de avanço para o 2º classificado. E hoje vamos precisamente falar de uma jornada com uma orografia semelhante e que teve um desfecho quase igual. Só que em vez da 7ª etapa no Paris-Nice, vamos para a 5ª etapa do Tirreno-Adriatico, 15 de Março de 2015.

Dia de tudo ou nada no Tirreno-Adriatico. O prólogo inicial tinha feito diferenças pequenas e a etapa de média montanha tinha colocado apenas 26 ciclistas no mesmo minuto. Wout Poels ganhou essa etapa, a 4ª, isolado e partia como líder para uma chegada em alto que viria a marcar a competição, era tudo jogado aqui porque depois faltava apenas 1 etapa plana e 1 contra-relógio.



Muito frio e chuva para uma jornada devastadora e que teve uma fuga muito forte, com Maxime Monfort, Jesus Herrada, Andriy Grivko, Alessandro de Marchi e o malogrado Michele Scarponi. Viria a ser Scarponi o último resistente, apanhado em plena subida final por um Nairo Quintana que ia a voar. Quintana atacou no grupo principal, já reduzido, a 5 kms da meta. Depois de tanto trabalho da Tinkoff-Saxo para Contador e da Team Sky para Wout Poels.

O colombiano deixou todos a pé e foi subida acima, ganhando tempo e mais tempo, acabando com 41 segundos sobre Bauke Mollema e 55 sobre Joaquin Rodriguez. Mesmo perante um nevão imenso passou para a liderança da corrida com 39 segundos para Mollema. Acabaria por ganhar a geral, com 18 segundos para o holandês, num ano em que viria a ser 2º no Tour, ainda ameaçando de certa forma Chris Froome.



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