A evolução de Frank Schleck foi progressiva, mas foi neste dia que se deu o clique que o catapultou para voos mais altos. Em 2004, e com 24 anos, o irmão mais velho dos Schleck já tinha sido 9º no Paris-Nice e 10º nos Mundiais, sendo depois em 2005 7º no Paris-Nice, 4º na Volta a Suiça e 3º no Giro di Lombardia. A CSC não tinha um grande líder para as clássicas da Primavera e o caminho estava desimpedido, depois dos resultados em 2005 nestas corridas não terem correspondido ao esperado, Schleck queria fazer melhor.




A preparação correu bem, acabou o Paris-Nice em 5º e o Criterium Internacional em 11º, depois de trabalhar para Ivan Basso. No entanto longe de chegar à Amstel Gold Race em 2006 como um dos favoritos. Havia Michael Boogerd, que já tinha ganho e tinha 6 pódios, havia Davde Rebellin, Paolo Bettini, Samuel Sanchez e uma forte equipa da T-Mobile.

As condições foram muito complicadas e a corrida agressiva, a Rabobank assumiu as despesas da corrida e os ataques começaram a cerca de 40 kms da meta. O grande protagonista foi Steffen Wesemann, numa fase inicial com Astarloa e Bertagnolli, e depois sozinho. Formou-se um grupo perseguidor e desse grupo saiu Paolo Bettini a 15 kms do final para fazer companhia a Wesemann.

Fabian Wegmann, Serghei Ivanov e Frank Schleck fizeram a ponte já que Wesemann não colaborava com Bettini pois tinha Ivanov perto e pouco depois também Sinkewitz, Kroon, Boogerd, Perdiguero, Sanchez e Rebellin colaram. A luta seria entre este lote de ciclistas e o miais decidido foi Frank Schleck, que arrancou dentro dos 10 kms finais.




Não houve resposta imediata e o luxemburguês foi ganhando cada vez mais avanço, tendo tempo para festejar aquela que foi somente a 2ª vitória como profissional, depois dos Campeonatos Nacionais em 2005. Steffen Wesemann foi 2º, mostrando ser um dos mais fortes na corrida, enquanto Michael Boogerd conseguiu o 7º pódio na competição.

Foi uma prenda atrasada para Schleck, que celebrado o seu aniversário no dia anterior e o início de uma grande carreira para Frank Schleck. Aliás, ele viria a ser 4º na Fleche Wallonne e 7º na Liege-Bastogne-Liege nessa Primavera terminando a sua carreira com um total de 19 triunfos, curiosamente foi a única clássica das Ardenas que o irmão mais velho dos Schleck conquistou.

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