2011 foi o ano das surpresas no que diz respeito aos Monumentos do empedrado. Se Fabian Cancellara ganhou o E3 Harelbeke e Tom Boonen a Gent-Wevelgem, o Tour de Flandres viu Nick Nuyens triunfar à frente do suíço, numa exibição muito fria do corredor belga. Desta forma, os grandes “galos” estavam ainda mais pressionados para triunfar no velódromo de Roubaix.
Um início muito rápido levou a que a fuga se formasse somente à entrada da Floresta de Arenberg. Foi nesse setor que um grupo perseguidor se formou, com nomes mais importantes com Lars Boom, Johan Vansummeren, Jurgen Roelandts e Matthew Hayman. O dia não estava a correr bem à Quick-Step e pior ficou quando Tom Boonen caiu no setor de Sars-et-Rosières, já depois de Sylvain Chavanel ter furado e ter voltado a ir ao chão.
À falta de 60 quilómetros estavam na frente 21 ciclistas, um grupo muito perigoso, para o pelotão onde estavam os principais candidatos. Em Mons-en-Pévèle, Cancellara mexeu-se pela primeira vez, com Hushovd, Flecha e Ballan a serem os únicos a responder. Pouco depois, o suíço voltou à carga, só com Hushovd e Ballan a responderem.
Esta movimentações do “Spartacus” não tiveram grande efeito pois logo a seguir desaceleravam e permitiam a reentrada na frente. Na frente, cada vez eram menos ciclistas mas a vantagem mantinha-se. Em Camphin-en-Pévèle, Lars Bak atacava na fuga, reduzindo esta a Rast, Tjallingii e Vansummeren. 15 quilómetros e 1 minuto de vantagem. O sonho era possível.
Tentando evitar nova derrota, Fabian Cancellara voltava à carga, mas não conseguia deixar os seus rivais para trás.. No entanto já era tarde, Johan Vansummeren via a sua oportunidade, deixava os seus rivais e pedalava em solitário para Roubaix, entrando sozinho no velódromo e saboreando o momento mais importante da sua carreira.
Uma vitória épica! Da fuga para a glória, depois de ter atacado depois da Floresta de Arenberg de um ciclista que teria que, teoricamente, trabalhar para Thor Hushovd. Fabian Cancellara voltava a bater na trave, tal como tinha acontecido no Tour de Flandres, terminando em 2º, à frente de Marteen Tjallingii, outro nome surpreendente no pódio final.