Por esta altura, em 2012 estavámos em plena época de clássicas da Flandres. Para trás, tinha ficado E3 Harelbeke onde Tom Boonen tinha sido o mais forte ao derrotar Oscar Freire. O belga tinha tido um início de ano incrível, ganhando no Tour de San Luís, Paris-Nice e o “seu” Tour of Qatar. O homem do momento!
Uma fuga composta por ciclistas de equipas secundárias marcou grande parte do dia, com a corrida a começar a decidir-se no Kemmelberg. Ao contrário das restantes provas de empedrado, esta clássica não é tão dura, o que obriga a outro tipo de táticas. Na segunda passagem por esta subida, Matti Breschel foi o primeiro a mexer entre os favoritos.
As hostilidades estavam abertas serviu de rastilhos para os grandes “galos” do pelotão. Foi já a menos de 30 quilómetros da chegada, com o Monteberg, que Fabian Cancellara e Peter Sagan mostraram querer evitar uma chegada ao sprint. Aos poucos, foram apanhando quem restava da fuga, sendo que o pelotão estava dividido em dois, com muitos sprinters a estarem para trás, incluindo Mark Cavendish.´
A Omega Pharma – QuickStep perseguia no grupo principal e anulava esta perigosa tentativa de Sagan e Cancellara a 16 quilómetros do fim. O ritmo continuava alto para impedir a chegada dos sprinters à frente e foi isso que aconteceu. Num sprint caótico, marcado por uma queda de um ciclista da Saxo Bank, Oscar Freire foi o primeiro a lançar o sprint mas o mais astuto foi Tom Boonen que, com um sprint poderoso, derrotou Peter Sagan, que já com o tanque um pouco vazio, ainda fez 2º, à frente do veterano espanhol.
Este foi o continuar da temporada de luxo de “Tommeke”. Como já referimos vinha de ganhar E3 Harelbeke, ganhava, dois dias depois, a Gent-Wevelgem, partindo cheio de confiança para os dois Monumentos do empedrado. Este foi o 3º triunfo do ciclista da QuickStep na prova, depois de 2004 e 2011.
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