Avançamos no tempo e depois de termos recordado diversas edições da E3 Harelbeke e da Gent-Wevelgem chegamos, finalmente, ao primeiro ponto alto da temporada de clássicas do empedrado: o Tour de Flandres! Em 2013, estas provas tinham sido ganhas por Fabian Cancellara e Peter Sagan, respetivamente, e, por isso, tanto o suíço, como o eslovaco, eram dois dos grandes candidatos à vitória na Ronde, a quem se juntavam nomes como Tom Boonen, Greg van Avermaet e John Degenkolb.



Foi em Brugge que se deu o tiro de partida da 97ª edição deste Monumento e não foi preciso esperar muito pelo primeiro grande abandono. Com 20 quilómetros percorridos, Tom Boonen caía e era forçado a abandonar. Esta foi uma corrida atípica, sem uma fuga a ganhar minutos atrás de minutos. Mesmo assim, vimos na frente nomes como André Greipel, Michal Kwiatkowski e Laurens de Vreese.

Com o aumentar da dureza do percurso, a fuga que chegou a ser de 6 elementos, foi perdendo ciclistas até sobrar apenas Kwiatkowski que viu chegar a companhia de Yoann Offredo, Jurgen Roelandts, Sébastien Hinault e Sébastien Turgot. Esta era já uma fuga perigosa, com nomes de maior relevo, levando a RadioShack a trabalhar no pelotão, com Stijn Devolder.

Todo este trabalho levou ao ataque de Fabian Cancellara, em pleno Oude Kwaremont. Somente Peter Sagan seguiu o suíço, com este duo a apanhar Jurgen Roelandts antes do Paterberg. Cancellara colocou-se na frente do grupo em pleno Paterberg e, com um ritmo impressionante, deixou, primeiro Roelandts e, mesmo no final da subida, Sagan para trás.



Em pleno modo contra-relógio “Spartacus” voou até Oudenaarde, ganhando com uma margem impressionante. 1:27 para Peter Sagan que superou Jurgen Roelandts na luta pelo 2º posto. Um grande grupo perseguidor, com 20 elementos chegou 12 segundos depois com Alexander Kristoff e Matthieu Ladagnous a terminarem em 4º e 5º.

Esta foi mais uma exibição “a la Fabian Cancellara”. O suíço mostrou ser o mais forte por uma margem considerável, arrancando na altura certa e, depois, colocando em prática a sua especialidade de contra-relogista. O jovem Peter Sagan era, assim, derrotado. Estava a ser uma Primavera impressionante para “Spartacus”: 3º na Milano-Sanremo e vitórias em Harelbeke e no Tour de Flandres. O ciclista da RadioShack não ia ficar por aqui!




By admin