Em 2014 ninguém estava a ter um domínio declarado nas clássicas, já que vários eram os vencedores e nenhum ciclista tinha conseguido repetir o triunfo. Fabian Cancellara vinha de ganhar o Tour des Flandres e era o principal candidato, sem nunca esquecer Tom Boonen, Peter Sagan e Niki Terpstra, que tinha ganho a Dwars door Vlaanderen e sido 5º na Omloop, 2º em Harebelke, 6º no Tour de Flandres. Um claro outsider aos grandes favoritos.



A Quick-Step voltava a ser o alvo a abater já que para além de Terpstra e Boonen, tinha em Zdenek Stybar e Stijn Vandenbergh outros dois candidatos. A corrida propriamente dita começou a animar a 75 quilómetros da chegada, com uma queda no pelotão a partir o grupo. Fabian Cancellara chegou a estar atrasado e a Omega Pharma-QuickStep tentou aproveitar a situação.

A 60 quilómetros da meta e ainda com Cancellara a tentar recuperar, Tom Boonen juntava-se a Geraint Thomas, Bert De Backer, Maarten Tjallingii, Mathieu Ladagnous e Yannick Martinez na frente, numa movimentação perigosa que não teve efeitos práticos já que a colaboração era pouca. Boonen era o mais inconformado e tentava atacar em todos os setores de empedrado que surgiam.



Vendo o perigo, Peter Sagan lançou-se na ofensiva a 40 quilómetros do fim. O ataque do eslovaco serviu para fazer uma seleção no grupo dos favoritos e as várias acelerações que se seguiram levaram a que o grupo de Boonen tivesse a companhia do eslovaco e de Marteen Wynants a 22 quilómetros do velódromo. Em Camphin-en-Pévèle, Vanmarcke e Cancellara também fizeram a ponte, o que levou a novo ataque de Sagan.

O jovem ciclista procurava uma vitória épica mas o grupo perseguidor tinha ainda 25 elementos e no Carrefour de l’Arbre o corredor da Cannondale viu Vanmarcke, Cancellara, Stybar e Degenkolb chegarem-se à frente. Atrás, Boonen confiou em Terpstra e, mesmo com um ciclista na frente, a QuickStep trabalhou para juntar os dois grupsi, conseguindo-o com sucesso.



11 ciclistas estavam na frente, incluindo vários homens rápidos. Desafiando as probabilidades, Niki Terpstra surpreendeu o grupo, atacando vindo da traseira do grupo, a 7 000 metros do fim. Rapidamente abriu uma pequena vantagem que foi aumentando à medida que chegava a Roubaix. Este ataque surpresa foi fatal para as aspirações dos restantes 10 corredores, já que Terpstra chegou isolado ao velódromo celebrando a vitória mais importante da sua carreira, conquistando o primeiro Monumento do empedrado, ao qual veio juntar o Tour de Flandres em 2018. A 30 segundos chegou o grupo perseguidor, com Degenkolb a ser 2º e Cancellara 3º.

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