Como já aqui recordamos, a edição de 2013 da Milano-Sanremo foi feita debaixo de um tempo muito penoso, com a neve a marcar presença. O mau tempo voltou a aparecer um ano depois, sem a temível neve, mas com muita chuva e frio. Gerald Ciolek tentava defender o título numa lista de participantes onde Peter Sagan voltava a emergir como o grande candidato.



A fuga durou, como é habitual, até à Cipressa, altura em que era alcançada por um Tubarão. Sim, Vincenzo Nibali atacava na penúltima subida do dia, fez a ponte para a frente de corrida, entrando com 50 segundos nos derradeiros 15 quilómetros. Na altura na Astana, Nibali durou até aos 9000 metros finais, com as rampas do Poggio a fazerem-se duras demais para o transalpino.

Gregory Rast e Enrico Battaglin foram os bravos do pelotão a tentar a sorte no Poggio mas foram dois nomes mais conhecidos a passar na frente a subida final. Falamos de Lars Petter Nordhaug e Greg van Avermaet que, com a descida técnica do Poggio pela frente, tentaram partir o grupo mas sem sucesso. O pelotão era já curto, com menos de 50 ciclistas mas estavam na frente os principais sprinters.



Descida feita, foi a Katusha a pegar nas rédeas do pelotão, com Luca Paolini a fazer um trabalho magnífico para Alexander Kristoff. O veterano italiano durou até aos 600 metros finais, aparecendo depois, Philippe Gilbert. O belga olhava mais para trás do que para a frente, esperando por Greg van Avermaet que lançou o seu sprint, do lado esquerdo da estrada, a mais de 300 metros do fim.

Do lado direito apareceram Sacha Modolo com Mark Cavendish na sua roda. O britânico não esperou muito até sair da roda do italiano mas ao seu lado estava Alexander Kristof que, com um timing perfeito, disparou que nem uma bala para uma vitória impressionante. A mais de uma bicicleta, Fabian Cancellara, frustrado, terminava em 2º, com Ben Swift a ser um surpreendente 3º. Cavendish ficou sem forças nos últimos metros e foi, apenas 5º, Ciolek 9º e Sagan, ainda mais longe, no 10º posto.



Este triunfo fez subir o estatuto de Alexander Kristoff no pelotão internacional e provou que o norueguês é um ciclista muito perigoso, quase imbatível, em sprints após provas com mais de 250 quilómetros e muito duras, como se veio a comprovar ao longo da sua carreira. Uma temporada com 13 triunfos, incluindo duas vitórias no Tour de France. Um dos melhores anos da carreira do “Viking”, apenas superado por 2015.

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