O Paris-Roubaix 2015 estava envolvido em incerteza quanto ao vencedor, com uma longa lista de favoritos. Geraint Thomas tinha demonstrado a sua força na E3 Harelbeke e a Team Sky assumiu a corrida, mas o britânico caiu e foi forçado a abandonar. A Katusha depositava as suas esperanças em Alexander Kristoff, que 1 semana antes tinha superado as colinas para vencer o Tour des Flandres, e 2 semanas antes Luca Paolini tinha ganho a Gent-Wevelgem.




A Quick-Step confiava na força dos números, com Tom Boonen, Niki Terpstra e Zdenek Stybar como líderes, enquanto a Giant-Alpecin tentava proteger o vencedor da Milano-SanRemo, John Degenkolb. De referir que na Omloop foi Ian Stannard a derrotar, sozinho, metade da equipa da Quick-Step. Portanto, os belgas chegavam aqui vários pódios e nenhuma vitória. Tiveram nesta Primavera várias vezes a superioridade numérica, sendo superados táctica e fisicamente. Mesmo sem a oposição de Fabian Cancellara, que caiu na E3 Harelbeke e falhou os 2 grandes Monumentos.

A corrida ficou indubitavelmente marcada por um incidente com uma passagem de nível que cortou o pelotão em dois e obrigou a uma neutralização da corrida. Inclusivamente vários ciclistas passaram já com a passagem de nível fechada. A Quick-Step teve a iniciativa de partir a corrida e começou a lançar ataques, com Stijn Vandenbergh a ganhar algum espaço, tendo a companhia de Wiggins, Debusschere e Stybar. O movimento era bom, só que teve a perseguição da Katusha e da BMC.





A fuga do dia só foi apanhada a 20 kms da meta e mesmo aí só Jurgen Roelandts ganhou espaço importante. Depois do Carrefour de l’Arbre houve um reagrupamento e ficaram na frente mais de 20 ciclistas, um número anormalmente grande. Com tanta hesitação saíram Greg van Avermaet e Yves Lampaert, aos quais se juntou John Degenkolb a 6 kms da meta. Entretanto também Zdenek Stybar fez a ponte e mesmo antes do quilómetro final igualmente Jens Keukeleire, Martin Elmiger e Lars Boom se juntaram à frente.

Portanto tivemos um sprint a 7 no velódromo de Roubaix, algo raramente visto. Lampaert sacrificou-se por Stybar e trabalhou para lançar o sprint, só que num grupo destes foi impossível bater John Degenkolb, com Stybar a ficar em 2º e Greg van Avermaet em 3º. Isto também significou uma Primavera a seco para a Quick-Step e o culminar da melhor temporada de sempre de John Degenkolb, acumulando 2 Monumentos numa só época.

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