Estávamos a meio da segunda semana do Tour de France 2016, mais concretamente na 12ª etapa. Chris Froome já envergava a camisola amarela depois de uma exibição fantástica em Bagneres-de-Luchon, onde atacou a descer, numa etapa que ficou célebre na sua carreira.



Dia para o mítico Mount Ventoux que, depois se soube, não iria ser escalado até ao topo devido às fortes rajadas de vento que se faziam sentir, sendo que meta ficaria localizada em Chalet Reynard. Etapa praticamente plana, com dois guiões, um para a vitória em etapa e outro para a geral.

Uma fuga numerosa discutiu a etapa, com esta a sorrir a Thomas de Gendt, em mais uma exibição de classe do especialista de fugas belga. Se a luta pelo triunfo na tirada foi emocionante, a disputa da geral não ficou atrás. Chris Froome queria mostrar que era o mais forte e atacou duas vezes, com resposta de Richie Porte e Bauke Mollema.




Este trio seguia destacado já bem perto do quilómetro final e foi aí que aconteceu o episódio mais marcante do dia. Quando Porte liderava o grupo, uma mota é obrigada a travar devido aos espectadores. Sem tempo de reação, Porte bate violentamente contra a parte traseira desta e Mollema e Froome também não conseguiram travar, caindo também. O mais azarado foi Froome que viu a sua bicicleta partida.

Num ato de desespero e que vai ficar para sempre recordado, o camisola amarela começou a correr montanha acima, na mesma altura em que todos os rivais passavam por ele. Froome ainda recebeu uma bicicleta do apoio neutro mas não conseguiu andar como queria. Voltou a parar, para receber a sua bicicleta mas já era tarde demais.



O britânico viria a perder bastante tempo mas a organização do Tour viria a dar-lhe o mesmo tempo de Mollema e Porte, ou seja, no meio de toda a confusão, o ciclista nascido no Quénia viria a ter muita sorte. Com tudo isto, Froome saía, ainda mais, na liderança do Tour, que viria a levar até aos Campos Elísios, conquistando, à data, a sua 3ª Volta a França.

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