1 de Maio marcava o final da Volta a Turquia. A 52ª edição tinha começado 8 dias antes em Istambul e à partida nomes como o veteraníssimo Davide Rebellin, Pello Bilbao, Mauro Finetto, Jaime Roson e Jan Hirt partiam como alguns dos favoritos, numa edição com montanha suficiente para se fazerem diferenças.
O primeiro dia viu Przemyslaw Niemiec vencer depois de uma fuga durante todo o dia, com José Gonçalves a ser 2º, a apenas 11 segundos. A segunda etapa era a primeira com montanha, com um final em subida e não foi só a dureza a marcar diferenças, já que o vento esteve presente. A Caja Rural de José Gonçalves foi a equipa mais beneficiada, colocando 5 homens no top-10 e vencendo com Pello Bilbao. José Gonçalves era outra vez 2º.
O vento voltou a aparecer no dia seguinte, com a Lotto Soudal a dinamitar a corrida, vencendo com Andre Greipel, com a Caja Rural a voltar a estar atenta, mantendo diversas opções. Sacha Modolo e Jakub Mareczko triunfaram nas etapas que se seguiram, duas etapas planas. No dia seguinte, a sempre difícil chegada a Elmani iria decidir a geral e foi mesmo o que aconteceu.
Jaime Roson vencia para a Caja Rural, José Gonçalves era 6º a 30 segundos, sendo o melhor dos homens que ainda estavam na luta pela geral. Isto valia a subida ao primeiro lugar do ciclista de Roriz, com 18 segundos de vantagem para David Arroyo, seu companheiro de equipa. Marmaris e Selcuk viram mais duas chegadas ao sprint, com Modolo e Mareczko a repetirem triunfos.
Sem percalços nestes últimos dois dias, José Gonçalves sagrava-se vencedor da Volta a Turquia, conseguindo a sua primeira prova por etapas da carreira na categoria .HC. Rodeado de uma forte equipa, José Gonçalves soube aproveitar a sua polivalência para ganhar tempo nas chegadas que se adaptavam a si e defender-se na montanha. O domínio da Caja Rural foi tão grande que colocou 3 ciclistas no top-4. Este foi o ponto alto da temporada que lhe valeu, no ano seguinte, a ida para o World Tour, onde correu ao serviço da Katusha Alpecin.