Peter Sagan está desde 2011 na ribalta do ciclismo mundial. Desde essa época que esteve sempre no top 10 do Ranking anual, são 9 épocas consecutivas a discutir as principais corridas. Na sua carreira já somou 113 vitórias, mas apenas 2 delas são Monumentos, o que não deixa de ser estranho tendo em conta a quantidade de vezes que esteve directamente envolvido na discussão das provas.




O eslovaco parte sempre como um dos candidatos para as principais clássicas, sendo portanto um dos corredores mais marcados. Sempre teve a liderança na equipa só para ele, um luxo que nem muitos têm, mas ocasionalmente tem falhado nos momentos decisivos, quando ganhou era porque era claramente o mais forte e não porque foi mais astuto que os outros.

A melhor época de Sagan talvez tenha sido em 2016, no último ano na Tinkoff. Foi campeão do Mundo, campeão europeu, ganhou a classificação por pontos no Tour e 3 etapas, fez pódio na Omloop e na E3 Harelbeke e até fez 2º na Tirreno-Adriatico, quando a etapa rainha foi cancelada.




Foi também nesse ano que ganhou o seu primeiro Monumento, o Tour des Flandres, depois de 2 épocas sem pódios em Monumentos. Em termos colectivos, a Quick Step aparecia, como já é hábito, como a equipa a abater. A prova ficou marcada por várias quedas, Tiesj Benoot e Greg van Avermaet cedo tiveram de abandonar, e após vários ataques, a 33 kms da meta seguia na frente o remanescente da fuga do dia e um pouco atrás um grupo selecto de 30 ciclistas.

Foi nessa altura que Peter Sagan e Michal Kwiatkowski saíram desse grupo, sendo acompanhados ainda por Sep Vanmarcke. Stijn Devolver, fiel escudeiro de Fabian Cancellara, tentou fechar o espaço, mas não conseguiu. Sagan, Kwiatkowski e Vanmarcke apanharam a fuga e entraram no Oude Kwaremont com 25 segundos de avanço, onde Sagan e Vanmarcke deixaram os restantes para trás.




Cancellara voou nessa subida e esteve próximo de fazer a ponte, mas nada feito. No Paterberg Sagan deixou Vanmarcke para trás e seguiu em solitário até à meta, sempre perseguido por Cancellara, que viria a fazer 2º, e por Sep Vanmarcke, que aguentou o pódio. O eslovaco, com a camisola de campeão do Mundo, antecipou os movimentos dos restantes e fez uma corrida quase perfeita, numa prova que também ficou marcada pela despedida de Fabian Cancellara.

 

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