Greg van Avermaet nunca foi conhecido por ser um ciclista ganhador, sempre muito regular, na luta pelas principais provas, mas no momento da verdade havia sempre alguém mais forte que ele. Em 2016 teve o click, ao ganhar o Tirreno-Adriático, no Tour e a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. 2017 mostrou um Avermaet diferente, muito mais forte e praticamente imbatível. Venceu a Omloop Het Nieuwsblad, E3 Harelbeke e Gent-Wevelgem, tendo sido 2º na Strade Bianche e no Tour de Flandres. Portanto, o alvo a abater para o Paris-Roubaix.



Uma prova especial logo à partida pois era a última vez que Tom Boonen iria competir enquanto profissional. A despedida do belga foi feita a alta velocidade, a mais de 45 km/h. Muitos foram as quedas e os problemas mecânicos, com Greg van Avermaet e Peter Sagan a serem alguns dos azarados.

A 60 quilómetros do fim, a corrida estava já lançada com Jasper Stuyven e Daniel Oss a estarem na frente. No sector de Mons-en-Pevele o duo dianteiro recebia a companhia de Gianni Moscon, Dimitri Claeys e Jurgen Roelandts, com Peter Sagan a atacar no grupo dos favoritos, reduzindo-o a 10 corredores, entre os quais Boonen e Avermaet.



Estes dois grupos juntaram-se a menos de 40 quilómetros do fim, levando a ataques de Oss, Stybar, Langeveld e Roelandts. Sagan estava quase a fazer a ponte para a frente no entanto o azar voltou a bater-lhe à porta, com uma avaria mecânica a acabar com as esperanças do eslovaco. Com isto, Stuyven, Avermaet e Moscon chegaram-se ao grupo de Stybar.

45 segundos era a vantagem do grupo da dianteira para o grupo perseguidor, encabeçado por Sagan e Boonen à entrada do Carrefour de L’Arbre. Foi aí que se fez a movimentação decisiva. Avermaet acelerou, ficando só com Stybar e Langeveld na sua companhia. Este trio colaborou na perfeição até à entrada do velódromo onde desaceleraram, permitindo a reentrada de Moscon Stuyven.



Moscon foi o primeiro a atacar, Stybar contra-atacou e entrou nos últimos 100 metros em primeiro, mas Greg van Avermaet teve uma ponta final superior e celebrou o triunfo, à frente de Stybar e Langeveld. O primeiro Monumento da carreira do belga, naquela que foi uma Primavera praticamente perfeita.

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