18 de Março de 2020 era o dia para começar a 38ª Volta ao Alentejo no entanto, como todos sabemos, isso não aconteceu devido ao cancelamento da competição. Vamos recordar uma outra edição da “Alentejana”. Recuemos até 18 de Março de 2018 e à vitória de Luís Mendonça, a primeira de um português desde 2006, quando ganhou Sérgio Ribeiro.
6 etapas em 5 dias como tem vindo a ser hábito, num percurso sempre complicado com o dia de sábado a ser o decisivo. Gabriel Cullaigh era o primeiro camisola amarela após triunfar, ao sprint, em Serpa, numa etapa com muito vento e que reduziu a geral a 20 corredores. Seguiram-se duas vitórias de um dos homens do momento naquela altura do ano. Falamos de Dimitry Strakhov, ele que já vinha de ganhar a Clássica da Arrábida. A liderança era, agora, de Mark Downey.
Pela manhã se sábado correu-se a etapa mais dura, com passagem por Cabeço do Mouro. Edgar Pinto atacou na subida e venceu isolado, com 6 segundos para um grupo onde 9 elementos encabeçado por Luís Mendonça. Downey continuava de amarelo antes do contra-relógio decisivo.
Foi em Castelo de Vide que tudo se decidiu. Longe da disputa pela geral, Gustavo Veloso venceu a etapa. Num esforço individual impressionante, Luís Mendonça foi 5º, a 13 segundos de Veloso. Downey cedeu à pressão foi apenas 14º a 30 segundos e via a camisola amarela ir para a posse do corredor do Aviludo-Louletano.
A chegada a Évora, na Praça do Giraldo, não trouxe diferenças, com a Gabriel Cullaigh a voltar a levantar os braços. Luís Mendonça foi 7º, chegou bem na frente e sagrou-se o vencedor da “Alentejana”, algo que poucos poderiam prever antes da prova começar. Ricardo Mestre e Mark Downey completaram o pódio.
Este foi o click para a carreira de Luís Mendonça. Os resultados já eram bons mas começaram a melhorar a olhos vistos, destacando-se o 2º lugar na geral do ano passado da Volta ao Alentejo, onde venceu os pontos, vitórias na geral e em etapa Troféu O JOGO e diversos pódios em clássicas nacionais.