2018 foi um ano de grande sucesso para as equipas portuguesas nas corridas espanholas. Já aqui falámos do triunfo de Ricardo Mestre na Vuelta as Asturias, hoje é a vez de relembrarmos a vitória de Edgar Pinto na Vuelta a Madrid, cerca de 1 semana depois.



Edgar Pinto entrou para 2018 como a grande aposta da Vito-Feirense-Blackjack para as provas por etapas, apoiado na montanha por Hugo Sancho, Luis Afonso e Xuban Errazkin. O sucesso, bem cedo na temporada, na 4ª etapa da Volta ao Alentejo retirou pressão tanto ao ciclista como à equipa, que viria a fazer uma belíssima temporada.

Na Vuelta a Madrid estavam várias equipas portuguesas: Aviludo-Louletano, Miranda-Mortágua, Rádio Popular Boavista, Efapel, W52/FC Porto e Vito-Feirense-Blackjack, num percurso relativamente acessível em que a 1ª etapa se adivinhava decisiva já que tinha uma subida de 12 kms a 5% não muito longe da meta.

Era importante para afastar os sprinters visto que não havia bonificações e que as 2 últimas etapas eram para homens rápidos. E foi precisamente isso que aconteceu, nessa contagem de montanha isolou-se um grupo de quase 20 unidades, com 6 representantes de equipas lusas. Até final houve entendimento e aguentaram a perseguição do pelotão, que não era muito maior, 25 ciclistas.



Na parte final, muito técnica, os ciclistas da Vito-Feirense-Blackjack fizeram um trabalho perfeito, que culminou na vitória de Edgar Pinto e no 3º posto de Xuban Errazkin. A vitória na geral estava longe de estar garantida. A liderança até foi perdida na 2ª jornada para Fabio Duarte, que acabou em 6º, e Edgar Pinto em 13º. No último dia, em Madrid, o ciclista português precisa de terminar 2 lugares à frente do colombiano no sprint final. E felizmente isso aconteceu, Edgar Pinto foi 5º, enquanto Fabio Duarte ficou em 10º e sagrou-se assim vencedor da Vuelta a Madrid 2018.

Realçar ainda o pódio de Oscar Pelegri e Luís Mendonça na última etapa, enquanto que na geral Xuban Errazkin foi 5º, César Fonte 6º e Ricardo Mestre 10º.



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